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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 19 de Novembro de 2007 às 10:26

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Levantamento preliminar da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) mostra que o saldo entre o número de aberturas de capital de empresas no Brasil e de fechamento deverá ser positivo este ano, pelo terceiro ano consecutivo. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Abrasca, Antonio Castro, informou que no acumulado entre janeiro e outubro, o saldo é de 31 empresas com abertura de capital.

Segundo Castro, até agora 85 empresas tiveram concedidos registros de capital aberto, contra 54 fechamentos. “A gente vem numa onda bastante positiva”, disse Castro. “Os anos de 2006 e 2007 têm sido bons”, avaliou. Segundo ele, a partir de 2004 começou a se fortalecer no Brasil uma visão que facilitou a atuação do investidor, após a criação do Novo Mercado, pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

“Essa foi uma iniciativa muito importante porque o Novo Mercado, para o investidor, significa trabalhar investindo em empresas que têm um padrão de governança corporativa muito elevado, porque o Novo Mercado assim exige.”

Antonio Castro destacou que 16 empresas abriram o capital em 2004. Em 2005, o número subiu para 24 e, no ano passado, para 55. “Isso caracteriza uma tendência e eu acho que vale a pena chamar a atenção nesse processo do investidor estrangeiro, que é sempre muito cauteloso com países emergentes”, disse o presidente da Abrasca.

Castro afirmou que, nas ofertas públicas, os investidores estrangeiros absorvem cerca de 70% do valor que se investe nas aberturas de capital. Segundo ele, outro tipo de investidor que passou a ter uma presença maior nas negociações em bolsas de valores é o grupo de pessoas físicas.

“Hoje os investidores pessoas físicas e os estrangeiros são exatamente os que mais participam desse processo. Quando você fala do investidor estrangeiro, possivelmente ele está absorvendo alguma coisa como 30% ou mais do movimento da Bovespa. E as pessoas físicas talvez estejam absorvendo alguma coisa como 25%. Então, esses dois grupos se sentem mais confiantes no mercado do que se sentiam no passado.”

Castro ressaltou que a negociação de ações das companhias abertas em bolsa de valores é positiva para a economia e contribui para a democratização do acesso ao mercado. “As empresas que entram no Novo Mercado da Bovespa têm três níveis de governança corporativa. As que estão no nível 3 seriam aquelas empresas que têm apenas ações ordinárias. Ou seja, todas dão a seus acionistas direitos iguais e direito de voto. Isso dá muita segurança para o investidor. E eu tenho a impressão que isso foi muito relevante para atraí-lo”, analisou.

O presidente da Abrasca acrescentou que, ao investir nesse tipo de empresa, o aplicador sente “que o nível de incerteza é muito menor e que o nível de segurança dele é maior”. E, em função disso, “quando ele [o investidor] vai para o mercado, não tem aquela preocupação de descontar um pouquinho, no preço que está disposto a pagar, incertezas quanto à segurança que vai ter como investidor”.

Castro destacou ainda que as empresas atualmente não se limitam a fazer o que é requerido legalmente pelas autoridades reguladoras. “Quando se fala de governança corporativa, as companhias vão além do marco legal e tentam contribuir mais para a sociedade, com projetos sociais e ambientais”, afirmou.





Fonte: ABr

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