<b>Mortes por ciclone ultrapassam 2,2 mil em Bangladesh</b>
Apesar de o total ainda não bater, duas fontes do país confirmam que já morreram mais de 2,2 mil pessoas. Enquanto Selina Shahid, do Ministério de Alimentos e Desastres, afirma que foram contabilizados 2.206, o Centro Bengali de Controle de Desastres fala em 2.388.
Há ainda milhares de pessoas desaparecidas e outras milhares que estão em estado desabrigados, por estarem sem chegar a saneamento, água potável, remédios e energia elétrica.
O ciclone "Sidr" foi classificado por muitos como um dos mais poderosos das últimas décadas, mas um plano de retirada da população prévia e o fato de o furacão ter tocado a terra durante a maré baixa evitaram uma catástrofe ainda maior.
No momento, a ajuda internacional começa a chegar ao país e as equipes de resgate prosseguem a busca por vítimas.
O Sidr arrasou tudo o que encontrou em seu caminho, com ventos de até 233 km/h, e causou uma alta das ondas em cinco metros, num país onde 60 milhões de pessoas vivem a menos de dez metros acima do nível do mar.
Ajuda internacional
Os Estados Unidos fretaram dois navios com helicópteros e equipes de assistência médica, a União Européia anunciou uma ajuda de 1,5 milhão de euros (US$ 2,2 milhões) e a Alemanha doará mais 500 mil euros.
A ajuda contribuirá para melhorar uma situação que agora é de pura desolação, já que o trabalho do Exército, da Marinha, da Guarda Costeira e da Polícia não são suficientes para atender às necessidades dos milhões de desabrigados.
Em alguns povoados do litoral, como Rajeswar, Rampal e Dublarchar, os sobreviventes continuam procurando seus parentes em campos, arbustos e canais, com a esperança de encontrar sobreviventes, informou a agência "UNB".
As áreas mais afetadas são as regiões litorâneas de Bagerhat (com 610 mortos), Barguna (362), Patuakhali (249) e Pirojpur (254), mas ainda não se sabe o destino de mais de cem embarcações que não conseguiram retornar ao porto com a chegada do ciclone.
Os funcionários temem os efeitos do ciclone no delta do Sundarbans, uma área pantanosa onde vivem várias espécies protegidas, como o tigre de Bengala, e onde milhares de pessoas tiveram que improvisar abrigos em função da falta de espaço nos cinco centros adaptados da região.
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