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Nacional
Quarta - 14 de Novembro de 2007 às 21:45

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A polícia de São Paulo informou nesta quarta-feira (14) ter prendido em flagrante uma mulher que vendia cápsulas de emagrecimento sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As investigações tiveram início na internet, onde ela anunciava no site de relacionamentos Orkut o composto chamado Flor da Índia.

De acordo com Manoel Adamuz Neto, delegado titular do 31º Distrito de Polícia (Vila Carrão), ela foi indiciada por vender medicamento sem registro em órgão competente, por comercializar o produto em estabelecimento sem autorização da Vigilância Sanitária e por falsidade ideológica. Segundo a polícia, o farmacêutico que consta no rótulo do produto não emitiu qualquer paracer sobre as cápsulas.

Em sua residência, na Água Fria (Zona Norte), onde a acusada foi detida na terça-feira (13), foram apreendidos 90 frascos do composto. O produto, segundo a polícia, também omite o nome de seu fabricante.

“Mandamos (os frascos) para análise da Polícia Técnica. Queremos saber se contém substância cancerígena e se causa dependência física e psíquica”, disse o delegado, acrescentando que o remédio era vendido sem prescrição médica.

Procurada pelo G1, a Anvisa confirmou que o produto não consta em seu banco de dados. Em depoimento à polícia, a mulher teria admitido que o produto não possui registro da Anvisa. De acordo com o delegado, o produto chegava até a ser exportado.

Em sites da internet, o produto é descrito como “composto natural que ajuda no emagrecimento”, embora a polícia argumente que se trata de um medicamento. De acordo com a Anvisa, não há diferenciação entre produto fitoterápico e medicamentos genéricos - todos precisam de registro e apresentação de bula.

Um dos anúncios encontrados diz: “Quem conhece sabe porque (as cápsulas) são realmente maravilhosas: não se perde o prazer de se alimentar, não se tem ojeriza à comida como muitos inibidores de apetite, o que se perde é aquela compulsão por mastigar alguma coisa o tempo todo, principalmente coisinhas que só engordam.”

Agora a polícia procura os responsáveis pela fabricação do produto.




Fonte: G1

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