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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Domingo - 11 de Novembro de 2007 às 12:22

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O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Hoel Sette, afirmou que a maioria da população brasileira "não tem a menor idéia da gravidade que existe em torno das doenças hepáticas". Ele lembrou que cerca de um terço da população mundial estaria infectado e que pelo menos 400 milhões de pessoas já passaram para o quadro de casos crônicos, em que não houve uma reação imunológica capaz de frear a agressividade do vírus.

"A doença é muita séria, não tem cura. E quando a pessoa sofre o contágio pode apenas se submeter a um tratamento de controle com o uso de medicamentos", disse, ao advertir que a ação no organismo é lenta, sem sintomas, e que os remédios custam caro. "Ao longo do tratamento, que dura o resto da vida, é necessário fazer a troca dos medicamentos. Não raro se deve recorrer aos coquetéis, em procedimentos semelhantes aos adotados no caso de portadores do vírus da Aids", afirmou.

O melhor caminho é a vacina preventiva, recomendou, e destacou que a eficácia depende da ingestão das três doses previstas para a população com idade até 19 anos. Na avaliação de Sette, a política pública de saúde voltada para a população jovem se justifica pelo fato de 70% dos casos de contágio ocorrerem por meio de relações sexuais sem proteção. Outros meios de contaminação são o uso de seringas compartilhadas e de alicates para unhas e cutículas sem esterilização segura, e de lâminas para depilação, além do risco de contágio nos consultórios odontológicos.

Se durante a visita ao dentista, por exemplo, a pessoa tiver contato com uma gota de sangue seco (que tenha caído até sete dias depois) de alguém que esteja com hepatite B, "ela pode vir a desenvolver a doença", esclareceu.

Diante desse quadro, ele defendeu a importância das ações de conscientização. Em recente participação em um congresso sobre o tema, em Boston (EUA), contou, soube da queda expressiva no número de transplantes de fígado depois que a população passou a ter mais conhecimento e se submeter aos métodos preventivos.

Estados Unidos, Nova Zelândia e Canadá, acrescentou, estão entre as nações com o mais baixo nível de infectados com até 2% de prevalência. Já o Brasil ocupa a faixa intermediária: entre duas e cinco pessoas a cada cem habitantes (até 5%) estão contaminadas. O índice é igual no Japão e na região do Mar Mediterrâneo.




Fonte: Agência Brasil

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