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Economia
Quinta - 08 de Novembro de 2007 às 09:41

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O preço do gás natural vendido no Brasil pode subir de 15% a 25% acima da inflação ao longo dos próximos dois anos, segundo a diretora de gás e energia da Petrobras, Maria das Graças Foster.

Graça estimou o percentual de aumento em declarações ao jornal "O Globo". A informação foi confirmada ao G1 pela Petrobras.

Em entrevista ao G1 no dia 31 de outubro, a diretora já havia dito que o valor cobrado nos postos do Rio de Janeiro não era "real". "O custo de produção do gás é crescente, é preciso que haja racionalidade. O gás não pode ficar descolado das variações de outros combustíveis", disse.

Levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo) feito na semana seguinte à crise no abastecimento no Rio mostrou que o preço médio do gás nos postos de combustível não teve variação significativa, apesar da ameaça de desabastecimento.

Sem crise

Graça negou que o Brasil esteja passando por uma crise no fornecimento de gás. Segundo ela, o Brasil está 'estufado' de gás, com 32,2 milhões de metros cúbicos do produto chegando diariamente da Bolívia.

Ela afirmou que o corte sofrido pelo Rio de Janeiro na última semana não foi uma falta de gás. "Isso é cumprir os contratos como eles estão", disse.

A CEG e a CEG-Rio têm hoje contratados 5,1 milhões de metros cúbicos de gás por dia, mas retiram 2,6 milhões a mais. Segundo Graça, esse volume maior é entregue porque havia disponibilidade, mas que a prioridade do fornecimento da Petrobras é para atender as usinas térmicas.

Sobre a retomada dos investimentos da Petrobras na Bolívia, confirmada na quarta-feira pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, Graça afirmou ao "O Globo" que a Petrobras hoje está em uma posição mais forte do que na época da nacionalização das reservas do país vizinho, em 2004. "Me interessa receber o gás da Bolívia, é mais racional e mais inteligente", disse.





Fonte: G1

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