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Nacional
Quarta - 07 de Novembro de 2007 às 05:32

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Em pouco mais de dois anos, a BRA é a segunda empresa brasileira de aviação a passar uma grave crise. Em 2005, o período negro foi enfrentado pela Varig, empresa mais tradicional do setor, e antes disso pela Vasp e Transbrasil.

Apesar de o quadro da Varig se agravar em 2005, os indícios de dificuldade apareceram dois anos antes, em 2003, quando a Varig perdeu a liderança do mercado de aviação civil para a TAM e fechou compartilhamento de vôos com a mesma.

Com o fim da parceria, determinada pelas entidades que regulam o setor, a Varig acabou por cancelar rotas e foi ultrapassada pela Gol. Em 17 de junho do mesmo ano, após muito desgaste, a aérea entrou com pedido à Justiça para que fosse iniciado o processo de recuperação judicial, mecanismo que substituiu a concordata.

Para a Varig, o ano de 2006 foi de negociação com credores, acerto com novos gestores e ofertas de compra, sempre negadas. Em junho daquele ano, o TGV chegou a arrematar a companhia em leilão, mas o negócio foi cancelado porque os investidores não apresentaram os recursos suficientes.

Em julho de 2006, a Varig foi finalmente arrematada em leilão pela VRG Linhas Aéreas, por US$ 24 milhões. Cinco meses depois já tinha concessão para operar linhas aéreas. Desde então, a companhia passou por um imbróglio com a Anac acerca da redistribuição de rotas da companhia. A empresa sustentava que elas haviam sido congeladas pela Justiça e tentou manter os slots em Congonhas.

Por fim, em 28 de março de 2007, a Gol Linhas Aéreas, segunda maior companhia aérea brasileira, anunciou a compra do controle da Varig por US$ 320 milhões. O negócio foi considerado o maior da aviação civil brasileira.

Vasp e Transbrasil - A Vasp que já foi uma das maiores companhias aéreas do país-- está em processo de recuperação judicial desde 2005. Atualmente ela não opera, faz apenas manutenção às aeronaves na prestação de serviços. O principal obstáculo para a venda das instalações da Vasp é a discussão com a Infraero (estatal que administra os aeroportos) sobre a retomada de áreas nos aeroportos.

No mês passado, a OceanAir fez uma proposta de R$ 15 milhões por ativos da companhia aérea, com pagamento extra pelo aluguel de hangares e aeronaves, e outra de R$ 25 milhões. A Digex propôs R$ 24 milhões.

Já a Transbrasil, que parou de voar em dezembro de 2001, deixou mais de 1.000 funcionários sem salários, rescisões e outras verbas trabalhistas. Na ocasião, o passivo trabalhista da empresa era estimado em R$ 50 milhões. A companhia também devia R$ 139 milhões para a Infraero, que cobra a dívida com juros.





Fonte: Folha Online

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