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Politica Brasil
Terça - 30 de Outubro de 2007 às 07:06
Por: Juliana Scardua

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O governador Blairo Maggi decide no retorno da viagem a Zurique o destino da liderança da base governista na Assembléia Legislativa, hoje ocupada por Mauro Savi (PR). O deputado colocou o cargo à disposição na quinta-feira (25), caso o chefe de Estado opte pela troca do “fiel escudeiro” na Casa. A conversa ocorreu a portas fechadas, no Palácio Paiaguás.

Savi ocupa a liderança há mais de três anos. Porém, nos bastidores do Legislativo, a saída do deputado estadual do posto de líder é fadada apenas a uma questão de tempo. O próprio parlamentar confirma que Maggi deverá decretar sua decisão logo da chegada ao expediente no Palácio após a nova missão oficial.

Ele se esquiva em declarar, taxativamente, se pretende ou não por conta própria permanecer ou renunciar à liderança. “Deixei o governador bem à vontade para fazer o que achar correto e ele é quem decidirá isso. Não tenho mais ou menos vontade sobre esse assunto. Sou soldado do governo, independente da liderança”, declara o republicano.

Caso a vaga na liderança se oficialize, as conjecturas apontam como principais cotados os deputados Dilceu Dal Bosco (DEM), Sebastião Rezende (PR) e o veterano José Riva (PP). Na leitura política dos bastidores, a aproximação com o PP ou o DEM seria neste momento prudente a Blairo Maggi. Os dois partidos, juntamente com o PMDB, ensaiam a formação de um bloco na Assembléia já de olho nas eleições não só de 2008, mas de 2010.

Savi se recusa a mencionar o hipotético substituto confirmada a sucessão da liderança. “O nome será quem o governador escolher”. A cogitada saída de Mauro Savi é reflexo direto de críticas ao secretário de Estado de Fazenda, Waldir Teis. Há duas semanas, se tornou público o clima de animosidade nos bastidores do governo envolvendo os dois homens públicos ligados a Maggi.

Savi teria se queixado da tentativa insistente em contatar o secretário, sem que ele atendesse às ligações ou fizesse qualquer retorno. O cerne do episódio recai sobre a revisão dos índices do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que confere o percentual de repasses do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido a cada um dos municípios. Num coro sistêmico, vários prefeitos reclamam de prejuízos com os novos índices impostos pela Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Sem citar o nome de Teis, ele atesta que gostaria que o governo analisasse a seara do FPM. Ele ainda evita comentar se o desentendimento está contornado. A desavença teria sido tratada em reunião com a Casa Civil há cerca de 10 dias. Na semana passada, em audiência pública na Assembléia, o secretário de Estado rechaçou por sua vez qualquer desentendimento com Savi.

Waldir Teis negou sequer conhecer as reclamações de Savi por mais atenção aos parlamentares. Prático ou ríspido para alguns, Teis afirmou que, como o tratamento despendido a todas as pessoas, ele não atende ao telefone celular em horários fora do expediente de trabalho, caso Savi tenha feito as ligações nessas condições.





Fonte: Diário de Cuiabá

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