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Economia
Sexta - 26 de Outubro de 2007 às 14:40
Por: Jairo Pitolé

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Mato Grosso, que já tem garantido R$ 5 bilhões em investimentos principalmente em frigoríficos e biocombustíveis, acrescentará mais R$ 2,3 bilhões a sua carteira. Na manhã desta sexta-feira (26/10), o representante da empresa norte-americana Rodman and Renshaw, Jimmie Sundstron reuniu-se com o governador Blairo Maggi para anunciar a intenção da empresa em investir US$ 1,3 bilhão nos próximos 10 anos na construção, no Estado, de três usinas para produção de etanol.

A informação é de Jéferson de Castro, do Escritório de Representações do Governo de Mato Grosso em Brasília, que participou da reunião junto com o deputado federal Homero Pereira e o presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Normando Corral. Segundo ele, embora falte definir onde e o valor, a primeira usina estará em funcionamento dentro dois anos. “O investimento inicial previsto é de US$ 250 milhões, mas há possibilidade de ser dobrado”, disse Castro.

Durante esta semana, a comitiva conduzida pelo executivo da Rodman and Renshaw fez visitas técnicas aos municípios de Itiquira, Alto Garças, Santa Rita do Trivelatto, Sapezal, Campo Novo dos Parecis e Tangará da Serra. “O próximo passo é processar as informações para definir onde investir”, explicou Jéferson de Castro.

Segundo ele, os estudos definirão a base de produção do etanol – a possibilidade seria o milho conjugado com a cana-de-açúcar. “Independe de qualquer coisa, o governador deixou claro que a produção deve seguir todos os parâmetros legais e ambientais e possuir selo social”, completou.

Com sede em Nova Iorque, a Rodman and Rensaw é a primeira do mundo em investimentos na área de biotecnologia e está na décima posição no setor de fundo de investimentos. “Apesar de estar iniciando na produção de etanol, a empresa já investiu 100 milhões de dólares no estado de São Paulo”.

NOVOS MERCADOS

O presidente da Famato, Normando Corral considera os investimentos da Rodman and Renshaw bem vindos. “É mais uma porta que se abre para os produtos brasileiros e os Estados Unidos serão o grande mercado para o etanol”, diz.

Para ele, a empresa, que com suas três usinas em funcionamento produzirá em média 750 milhões de litros, dá uma grande contribuição para aumentar a atual produção de 800 milhões para 2 bilhões de litros, marca estipulada pela entidade para viabilizar a construção de alcoolduto ligando Mato Grosso aos centros consumidores.

“Não temos problema de logística, porque o álcool é o único produto com retorno do frete. Vendemos para outros estados e exportamos 500 milhões de litros, enquanto compramos quase 2 bilhões de litros de gasolina e diesel. Uma equação que viabiliza, por enquanto, novas usinas. Mas queremos crescer, por isso, temos que pensar no transporte da nossa futura produção”, concluiu.





Fonte: Especial/Secom-MT

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