Após cinco dias de queda, dólar sobe 0,83% e fecha em R$ 1,82
O mercado de câmbio brasileiro seguiu a recuperação do dólar no exterior. A moeda norte-americana, que vinha caindo a níveis recordes, operou em alta frente ao euro e ao iene, e a moedas de países emergentes, como o rand sul-africano e a lira turca.
Desde o corte do juro nos Estados Unidos, na metade de setembro, a moeda norte-americana vinha se desvalorizando de forma consistente. Isso ocorreu porque os investidores passaram a ter menos interesse em ativos norte-americanos, que ficaram com rendimento menor, e foram atrás de aplicações em outros países, como o Brasil.
Bolsa
Com a pausa neste movimento internacional, as ações no Brasil também pisaram no freio e interromperam a alta dos últimos dias. Somente no final da tarde, perto do fechamento do câmbio, as ações diminuíram as perdas e passaram a operar perto da estabilidade.
"Tem um movimento de realização de lucros natural, até típico da nossa bolsa, e isso se reflete no dólar", disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora. "Mas é só isso, não vejo nada de mais sério e que vá interromper o movimento de queda do dólar. Ele está numa tendência bastante firme e consistente de ingresso de capital estrangeiro para a bolsa, e com isso o fluxo positivo vai ficar acentuado", avaliou.
O mercado aguarda, na quarta-feira, a divulgação pelo Banco Central dos dados de fluxo de câmbio no mês de setembro. Os números devem mostrar uma recuperação do fluxo, que chegou a ficar negativo antes do corte dos juros nos Estados Unidos.
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