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Economia
Quarta - 26 de Setembro de 2007 às 21:45

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou, durante reunião de coordenação de governo nesta quarta-feira (26), que trabalha com a expectativa de a Justiça do Principado de Mônaco decidir sobre a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola até o final de outubro. A informação é da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

Apesar do otimismo, o diretor-geral de Serviços Judiciários de Mônaco, Philippe Narminau, afirmou que a decisão sairia até a metade de novembro. Tarso Genro esteve no Principado no começo da semana. Ele enfatizou que o governo brasileiro encaminha até 3 de outubro os documentos formalizando o pedido de extradição de Cacciola. Somente a sentença de condenção tem mais de 500 páginas e deve ser traduzida ao francês.

Tarso Genro reuniu-se com Narminau e com a procuradora-geral do Principado, Annie Brunet-Fuster. O ministro apresentou os princiapis trechos do processo judicial contra o ex-banqueiro. Ele explicitou o desejo do governo brasileiro em extraditar Cacciola.

O ex-banqueiro foi condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta no esquema em que teria se beneficiado de informações sigilosas sobre a desvalorização do real, em 1999, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A operação teria dado um prejuízo de mais de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. Cacciola ficou preso no Brasil menos de 40 dias, mas fugiu para a Itália após conseguir habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). De lá ele não pôde ser extraditado por ter cidadania italiana.

Prisão

No último dia 15 de setembro, Cacciola foi a Monte Carlo, no Principado de Mônaco. Ele se hospedou num hotel 5 estrelas e saiu para passear. Só que os hotéis repassam automaticamente pela internet todos os dados dos hóspedes à polícia, e o nome de Salvatore Cacciola estava na lista de procurados da Interpol. Em uma praça, em frente ao famoso Cassino de Monte Carlo, Cacciola perdeu a liberdade.

Cacciola está em uma cadeia de segurança máxima com vista para o Mar Mediterrâneo, no complexo do palácio do Principado. Apesar do aparente glamour, o fugitivo número um da Justiça brasileira está num cubículo de 6 metros quadrados, sem TV nem geladeira.





Fonte: G1

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