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Economia
Terça - 18 de Setembro de 2007 às 17:41

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar despencou mais de 2 por cento nesta terça-feira, acompanhando o entusiasmo dos mercados internacionais após o expressivo corte dos juros nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana fechou a 1,877 real, em queda de 2,29 por cento. É a menor cotação de fechamento desde 2 de agosto, e já se aproxima da menor cotação em sete anos, registrada pouco antes do início das turbulências nos mercados financeiros globais. No mês, o dólar acumula queda de 4,38 por cento.

O tombo do dólar se consolidou após o banco central norte-americano cortar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, em linha com as expectativas mais otimistas. Foi a primeira redução desde junho de 2003.

"É bom, porque de certa forma fica mais barato para os bancos correrem atrás de liquidez", disse Mario Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.

Após a decisão, as bolsas dispararam, e o dólar, que caía pouco mais de 1 por cento, perdeu definitivamente o piso de 1,90 real em que vinha se equilibrando nos últimos dias.

"(E) a tendência (para o dólar) é, em consequência disso, voltar ao (ritmo de) cinco, seis meses atrás, em que só se via o dólar embicando para baixo", disse o diretor.

Luiz Pizani, operador de câmbio da corretora Liquidez, acrescentou que agora "esse fantasma do subprime (crédito imobiliário de alto risco) tende a estar mais controlado".

A turbulência se intensificou há dois meses, depois que o aumento da inadimplência nas hipotecas norte-americanas forçou o congelamento de alguns fundos de investimento e levou algumas concessoras de financiamento imobiliário, como a American Home Mortgage, a praticamente fechar as portas.

O temor de um contágio maior sobre o sistema bancário reduziu a liquidez nos mercados globais e disparou o sinal de alerta em agosto. No auge da tensão, o dólar chegou a superar 2,10 reais.




Fonte: Reuters

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