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Internacional
Domingo - 16 de Setembro de 2007 às 19:42

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BUENOS AIRES, 16 Set 2007 (AFP) - A suposta manipulação de dados econômicos por parte do Governo, para esconder a alta dos preços e a pobreza - ou simplesmente para que o Executivo disponha de recursos à margem do controle parlamentar - está no centro do debate eleitoral na Argentina.

A oposição e técnicos do estatal Instituto Nacional de Estadística e Censos (INDEC) acusam o governo de manipular dados para simular uma inflação menor que a real e melhorar artificialmente a situação social.

"O nível de pobreza continua em escandalosos 30%, se for bem medido", declarou o ex-presidente do Banco Central Alfonso Prat-Gay.

A oposição identificou no tema uma fraqueza da administração de Néstor Kirchner, apesar do auge econômico, com cinco anos de crescimento contínuo acima dos 8% anuais, e a queda do desemprego - duas bandeiras usadas pela candidata governista, a senadora e primeira-dama Cristina Fernández, ampla favorita nas pesquisas.

"Mais vale crescer a 6% com uma taxa de inflação mais baixa, não como a atual, que supera os 20% ao ano", afirmou Prat-Gay, apresentado no sábado pela candidata Elisa Carrió (ARI, partido social-cristão) como seu eventual ministro da Economia.

A mesma estimativa de inflação de 20% foi feita pelo ex-ministro e candidato à presidência pela 'Una Nación Avanzada' (UNA) para as eleições de 28 de outubro, o peronista Roberto Lavagna, que duplica a taxa divulgada pelo governo de 9,6% para 2007.



A polêmica aumentou nesta quinta-feira, quando o presidente do Banco Central, Martín Redrado, que está em Londres, admitiu em um fórum que o governo está profundamente preocupado com os preços. Um dia depois, no entanto, Redrado afirmou se tratar de uma inquietude comum a todos os bancos centrais.




Fonte: AFP

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