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Economia
Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 07:29
Por: Agnaldo Brito

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A JBS-Friboi, maior frigorífico de bovinos do mundo, decidiu trazer para o Brasil o modelo de negócios usado pela Swift - companhia que adquiriu em maio por US$ 1,4 bilhão. A empresa assinou um protocolo de intenções com a Prefeitura de Sorriso (MT) para uma parceria entre produtores de grãos e criadores de bovinos e suínos. O investimento no projeto poderá chegar a US$ 300 milhões.

Caso os estudos indiquem a viabilidade econômica do empreendimento, o complexo significará uma importante mudança na estrutura de processamento de proteína animal no País. Serão duas unidades frigoríficas, com capacidade para abater 6 mil cabeças de bovinos e 12 mil de suínos por dia.

"O projeto exigirá uma estrutura para confinamento de bois e uma ampla parceria com produtores de grãos e criadores integrados de suínos. Não significa que o Friboi comprará áreas ou terá estruturas de confinamento, mas significa que teremos um modelo diferente de parcerias asseguradas em contrato", explica José Paulo Marcelo, diretor de relações com investidores da JBS.

As dimensões das unidades também superam o modelo industrial utilizado hoje no Brasil. As próprias unidades de abate de bovinos do Friboi têm capacidade para 1,5 mil animais por dia. Em Sorriso, caso o projeto seja viabilizado, a capacidade será quatro vezes maior. "Por isso, é necessário uma estrutura de confinamento de animais. Ainda não sei exatamente qual a capacidade de animais confinados para atender uma demanda dessas. Isso o estudo vai indicar", diz.

O Friboi já investiu este ano em seu primeiro projeto de confinamento, cuja capacidade é de 150 mil cabeças. "Ainda é um projeto piloto. Vamos avaliar se esse modelo funcionará."

A expectativa do Friboi é conseguir chegar à conclusão sobre a viabilidade ou não do empreendimento até o final do primeiro semestre de 2008. Se for adiante, o plano é inaugurar o complexo até o final de 2010. A geração de empregos alcançará 5 mil pessoas. Por isso, o protocolo de intenções assinado pela companhia com a prefeitura de Sorriso impõe obrigações ao poder público local. "Um projeto dessas dimensões precisa de uma ampla infra-estrutura e essa parte é que está sob a responsabilidade da prefeitura do município", disse Macedo.





Fonte: AE

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