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Politica Brasil
Terça - 28 de Agosto de 2007 às 03:38

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O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu na noite de ontem processo penal contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, todos pela prática de crime de corrupção ativa. Os ministros aceitaram como indício de prova o argumento do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de que eles eram o 'núcleo político' do esquema responsável pelo escândalo do mensalão, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O STF, contudo, livrou o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira do processo. Na semana passada ele já havia sido isentado da acusação de peculato.

Ao todo, o STF já abriu processo contra 37 dos 40 denunciados no caso do mensalão, esquema de compra de apoio político e votos no Congresso mediante pagamento de mesadas. O crime de corrupção ativa prevê penas de 2 a 12 anos. Na sessão de hoje, Dirceu, Genoino e Delúbio deverão ser julgados pelo crime de formação de quadrilha.

Os ministros decidiram abrir processo por crime de corrupção ativa também contra o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão. Eles aceitaram ainda denúncia por corrupção ativa contra Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, sócios de Valério, além de Rogério Tolentino (advogado do publicitário), Simone Vasconcellos, ex-diretora da agência SMPB, e Geiza Dias, funcionária da agência.

Quase por consenso, o plenário abriu também processo contra o deflagrador do escândalo do mensalão, o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), e representantes do PTB, do PMDB, do PP e do antigo PL, atual PR. Serão processados por suposto recebimento de propina os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) e os ex-deputados José Janene (PP-PR), Pedro Corrêa (PP-PE), Bispo Rodrigues (PR-RJ), Romeu Queiroz (PTB-MG) e José Borba (PR-PMDB).

Três ex-ministros do governo Lula são réus do caso. Além de Dirceu, o Supremo também abriu processo contra o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto. Falta ainda a apreciação do relatório sobre o marqueteiro Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes. Os dirigentes do Banco Rural, que já respondem por gestão fraudulenta, também podem sofrer processo por evasão de divisas. O julgamento deve se concluído hoje. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo





Fonte: AE

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