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Politica Brasil
Domingo - 26 de Agosto de 2007 às 15:17

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Primeira senadora da história política de Mato Grosso e presidente do PT no Estado, Serys Slhessarenko (PT) acredita que não houve mudanças do lado do seu partido para a boa relação mantida com o governador Blairo Maggi (PR).

A parlamentar acredita que o chefe do Executivo que mudou o comportamento político, sobretudo após o segundo turno das eleições do ano passado, quando ele passou a apoiar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

De lá para cá se constata uma mudança visível de relacionamento entre Maggi e membros do PT no Estado.

Apesar do clima amigável, Serys descarta compromisso da legenda com o PR do governador para as próximas eleições.

Afirma ainda que o Partido dos Trabalhadores poderá fechar composições com todos os partidos que fazem parte da base aliada do presidente Lula.

Nesse cenário paira a proibição velada ao PSDB.

Mas a restrição não chega à gestão do prefeito Wilson Santos (PSDB).

Dona da emenda de R$ 7,5 milhões destinadas às obras da Avenida das Torres, a senadora reconhece o empenho do chefe do Executivo municipal para administrar Cuiabá. Porém, alerta Wilson para a necessidade de priorizar a aplicação da verba oriunda do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destinada ao setor do saneamento da Capital.

O projeto do PT para as próximas eleições só será revelado após Congresso Nacional do partido.

Contudo, a dirigente dá ênfase à autonomia das direções municipais para decidir seu futuro político no pleito de 2008.

A senadora defende ainda candidatura própria em Cuiabá e não descarta vir a disputar novamente o governo do Estado em 2010, porém o projeto prioritário é a reeleição.

Diário de Cuiabá - Senadora, como o PT está se organizando no Estado para as eleições municipais? Enquanto presidente do diretório Estadual quais as recomendações para os diretórios municipais?

Serys Slhessarenko - Em primeiro lugar, o Partido dos Trabalhadores está se organizando nesse momento com vistas ao terceiro congresso nacional.

É um partido que tem 27 anos e que está indo para o terceiro congresso, que irá se realizar nos dias 31 de agosto e 1 e 2 de setembro na cidade de São Paulo.

É um momento importantíssimo na vida do partido, em que a legenda está discutindo e rediscutindo suas teses de origem e discutindo modificações.

E na discussão da questão político-eleitoral está claro que incluso as eleições de 2008.

Então não está sendo prioridade ainda para o PT 2008. É claro que a gente não pode se furtar a essa discussão, 2008 já está mais ou menos na pauta de todos os partidos.

Mas para nós, até o começo de setembro não é essencial.

A partir do congresso, de 2 de setembro, aí nós já teremos inclusive os novos indicativos para o próprio partido para os momentos de processo eleitoral.

Diário - Os diretórios municipais poderão ficar livres para alianças que se enquadrarem com a realidade de cada cidade ou existem restrições para algumas siglas?

Serys - Existem restrições para algumas siglas, mas que a gente está preferindo esperar o congresso nacional.

O congresso nacional vai ser a junção de idéias de todos os congressos municipais e dos regionais.

Mas parece que já estão existindo, pelo menos como resultado de alguns regionais, resistência a algumas siglas.

Agora as alianças também são uma discussão mais ampla que está passando pelo congresso nacional.

Quarta-feira da semana passada a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, da qual faço parte como membro titular, somos 23 senadores, nós derrubamos a possibilidade de coligação nas proporcionais.

Ou seja, coligações só serão possíveis para presidente da República, para governo do Estado, para prefeito e para senador.

Nas proporcionais não serão permitidas coligações, agora é claro que isso aí passou na CCJ por ampla maioria.

Só teve dois votos contra dos 23.

Então pelo fim das alianças, das coligações nas eleições proporcionais.

Agora tem que ir para o plenário do Senado e tem que ser sancionado pelo presidente da República até 30 de setembro para ter validade para as próximas eleições.





Fonte: Diário de Cuiabá

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