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Nacional
Domingo - 26 de Agosto de 2007 às 15:03

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A volta do mensalão ao noticiário causa algum desconforto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Um dia isso vai acabar", desabafou ele, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo . Mas Lula afirma que não há impacto sobre seu governo, nem mesmo na hipótese de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir processo penal contra o amigo e ex-ministro José Dirceu. "Causa impacto para ele. No governo, nenhum". Seguem trechos da entrevista:

O que ficou da investigação do mensalão, no seu primeiro mandato?

Lula -- Ficou o seguinte: quem erra paga. Houve uma denúncia, que foi apurada. Saiu do Congresso e foi para o Ministério Público, que fez a sua parte. O MP pediu indiciamento. Foi para o Supremo, que decide ou não se acata o indiciamento. E aí as pessoas serão processadas em função de novas provas e novas investigações. Tem gente que acha que isso é um trauma. Para mim, não. Para mim, isso é um canal de desobstrução da democracia brasileira.

Quem errou, presidente?

Lula -- Eu não sei quem errou.

O PT errou?

Lula -- O PT não errou. Eu acho que pessoas do PT podem ter errado.

O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) errou?

Lula -- Não me perguntem, eu não sou juiz. Eu acho que quem errou pagará pelo erro que cometeu. Agora, o que eu quero para mim, para os meus amigos e para os meus adversários é que todos tenham direito à defesa.

Até hoje, o sr. não disse quem o traiu.

Lula -- Nem vou dizer. Porque não é necessário. O PT não merecia passar pelo que passou. E isso faz parte da história contemporânea do País. Não faz parte do passado, não.

Este julgamento no STF pode ser considerado um julgamento do seu primeiro mandato?

Lula -- O governo já foi julgado (nas urnas). E vitoriosamente.

O sr. teve indícios do mensalão?

Lula -- Não. Não. Eu quero ver o resultado do julgamento, quero ver o processo. Isso vai terminar um dia. Eu acho determinadas coisas abomináveis. Entretanto eu, como presidente da República, sou obrigado a esperar para ver. Eu fico imaginando alguém imaginar que o Professor Luizinho, que era líder do governo, precisava de receber dinheiro para votar com o governo. Mas, como ele pegou R$ 20 mil, ele entrou no mesmo bolo, como entraram outros. Eu acho isso abominável.





Fonte: AE

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