Maggi pede mudança de postura e consciência ambiental aos produtores

A Bienal dos Negócios da Agricultura é realizada no Centro de Eventos do Senar Com foco na sustentabilidade ambiental e socioeconômica, produtores, Governo do Estado, organizações não-governamentais estão reunidos desde esta quarta-feira (22.08) na segunda edição da Bienal dos Negócios da Agricultura, em Cuiabá.

A abertura do evento que está sendo realizado no Cenarium Rural, espaço do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) contou com a participação do governador Blairo Maggi, secretários de Estado e participantes de vários estados brasileiros e de países como Holanda, Suíça, Argentina, Paraguai e Estados Unidos.

Para o coordenador da Bienal, Ricardo Arioli, a sustentabilidade do agronegócio passa pela mudança de postura adotada diante da necessidade de adequar a produção às correções da legislação ambiental. “Para isso, o setor está buscando efetivamente integrar suas ações e manter um diálogo constante com os governos através do cumprimento e adequação à legislação ambiental”, destacou Arioli.

Maggi chamou a atenção para a mudança de postura e consciência ambiental de forma mais clara adotadas pelo setor depois das críticas e crises sofridas. “É a partir desse momento que estamos discutindo de que forma vamos efetivar nosso trabalho de agora em diante, que podemos dar demonstração de que estamos prontos a atender a legislação, recuperar o que foi feito de errado e dando ao estado a condição necessária para levar ao mundo seus produtos de forma correta”, frisou.

O governador acrescentou ainda a que as mudanças tiveram início com o compromisso adotado por produtores, Governo e organizações não-governamentais, com o Pacto Ambiental, documento em que constam entre outras ações, a regularização de áreas de plantio de grãos no estado, considerado pelos envolvidos um avanço para o setor na área ambiental.

“Mato Grosso saiu à frente para mudar os procedimentos. Não poderíamos ficar de fora, pois não estamos mais crescendo horizontalmente e para que a produção verticalizada possa render para todos os envolvidos nesse processo, não deixando ninguém para trás, algumas coisas ainda necessitam de mudanças, como o resgate daqueles produtores do bioma amazônico, que ainda à margem da situação legal. Não podemos ter duas categorias de produtores, mas uma somente, daqueles que respeitam o meio ambiente e que podem levar nossos produtos a serem respeitados no mundo, mostrando com ações concretas como estamos trabalhando para assumir nossos compromissos”, reforçou Maggi.

O deputado estadual Otaviano Pivetta, que representou a Assembléia Legislativa, reafirmou a necessidade da sustentabilidade no agronegócio como forma de garantir a viabilidade econômica futura. “Nosso desafio no passado era enfrentar a natureza, hoje é corrigir os erros do passado e preparar o futuro de nossas gerações, adotando e efetivando conceitos legais”, ressaltou o deputado ao citar como exemplo de ação o projeto Lucas do Rio Verde Legal, de recuperação de matas ciliares e áreas degradadas.

Participaram da abertura da Bienal os secretários de Estado Neldo Egon, de Desenvolvimento Rural; Clóves Vettorato, de Projetos Estratégicos e Luiz Henrique Daldegan, de Meio Ambiente.