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Economia
Sexta - 17 de Agosto de 2007 às 13:39

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São Paulo - A queda da tarifa de energia elétrica, anunciada em julho para a Região Metropolitana de São Paulo, ajudou menos a aliviar a pressão do grupo Alimentação na inflação da capital paulista no mês atual, conforme a mais recente apuração realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Hoje, a instituição anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) do município registrou variação de 0,34% na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 15/8). O resultado ficou 0,24 ponto porcentual acima do verificado no primeiro levantamento de agosto, de 0,10%.

De acordo com a FGV, a maior contribuição para o acréscimo da taxa do IPC-S partiu justamente do grupo Habitação, cuja variação passou de -1,11% para -0,44%. O item Tarifa de Eletricidade Residencial foi o principal fator para este movimento, com uma queda de 6,34% ante um declínio de 9,87% da pesquisa anterior. No mesmo grupo, a FGV também destacou o item Tarifa de Telefone Residencial, que permanece refletindo o reajuste anual recente, com variação de 1,38% ante 0,79% da primeira quadrissemana.

O grupo Alimentação, por sua vez, continuou com a maior elevação entre os demais segmentos pesquisados. Na segunda quadrissemana, subiu 1,46% ante 1,44% do levantamento anterior. No período, nove dos 20 itens componentes do subgrupo Gêneros Alimentícios apresentaram alta ou uma queda menos intensa em suas taxas de variação. A FGV destacou os movimentos nos segmentos de Hortaliças e Legumes (de -5,16% para -0,81%), Panificados e Biscoitos (1,57% para 2,44%), Arroz e Feijão (1,01% para 1,48%) e Bebidas não Alcoólicas (-0,33% para -0,06%).

Leite e carne

Maiores vilões da inflação ao consumidor atualmente, o segmento Laticínios e o de Carnes Bovinas continuam pressionando bastante o grupo Alimentação e o índice geral. Conforme destaque do pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Paulo Picchetti, o primeiro segmento subiu 7,99%, com contribuição para a inflação de 0,33 ponto porcentual, e o segundo avançou 4,28%, com contribuição de 0,12 ponto. Juntos, responderam por 0,45 ponto porcentual da inflação de 0,34%.

Entre os itens com maior pressão de alta para a inflação, o leite longa vida, com variação de 9,86% ante 13% da pesquisa anterior, foi o destaque principal. A FGV também chamou a atenção para o comportamento do preço do tomate, que saiu de um recuo de 3,40% para uma alta de 16,34% sem fatores claros para esta inversão de tendência.

Resultados regionais

Além do resultado de São Paulo, a FGV anunciou os resultados regionais de inflação das outras seis cidades usadas para cálculo do IPC-S de até 15 de agosto, cuja taxa nacional, de 0,42% ante 0,34% da primeira quadrissemana, foi anunciada ontem. Também apresentaram aumento mais intenso de preços as cidades de Brasília (de 0,48% para 0,55%); Recife (de 0,33% para 0,39%); e Salvador (de 0,37% para 0,53%). As outras capitais apresentaram desaceleração de preços, no mesmo período. São elas: Belo Horizonte (de 0,38% para 0,30%); Porto Alegre (de 0,33% para 0,32%); e Rio de Janeiro (de 0,70% para 0,59%).




Fonte: AE

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