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Economia
Terça - 07 de Agosto de 2007 às 10:07

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O IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) registrou alta de 0,37% em julho, acima do observado em junho, quando a alta foi de 0,26%, informou nesta terça-feira a FGV (Fundação Getulio Vargas).

No ano, o IGP-DI acumula alta de 1,82% e, nos últimos 12 meses, de 4,17%. de julho foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês de referência.

Dos três componentes do IGP-DI, apenas o Í (IPA) mostrou acréscimo em sua taxa de variação, que avançou de 0,09%, em junho, para 0,42%, em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) sofreu desaceleração, passando de 0,42% para 0,28%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), de 0,92% para 0,31%.

O IPA (Índice de Preços por Atacado) foi o único dos três componentes do IGP-DI --que é composto também pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção)-- a registrar aceleração no mês passado, indo para 0,42% (contra 0,09% em junho).

Dentro do IPA, o índice relativo a Bens Finais teve queda de 0,15% (contra alta de 0,17% no mês anterior), puxado para baixo pelo subgrupo alimentos in natura, que recuou de 4,37%, em junho para 2,27% no mês passado. O índice de Bens Finais (que exclui alimentos in natura e combustíveis) teve alta de 0,63% (contra 0,37% em junho).

O índice do grupo Bens Intermediários ficou estável em julho, após a ligeira alta de 0,09% em junho. O subgrupo combustíveis e lubrificantes foi o destaque entre os subgrupos que levaram à desaceleração do indicador, passando de 1,01% em junho para 0,35% no mês passado. Excluídos combustíveis e lubrificantes para a produção, houve queda de 0,09% em julho (contra alta de 0,15% em junho).

Já o indicador referente a Matérias-Primas Brutas saiu da estabilidade em junho para uma alta de 2,01% em julho. Os itens que mais subiram foram bovinos (6,97%, contra 1,71% em junho), mandioca (de queda de 9,90% para alta de 8,72% no mês passado) e cana-de-açúcar (de queda de 9,99% para alta 7,13%). Na contramão ficaram café em grão (de alta de 3,18% em junho para queda de 0,61% em julho), tomate (de alta de 4,05% para queda de 16,77%) e soja em grão (de 2,44% para 1,67%).

O IPC teve alta de 0,28%, contra 0,42% em junho. Das sete classes de despesa componentes do índice, duas tiveram queda. A maior contribuição para a desaceleração do índice partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 0,29% para queda de 0,40% --com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial (que passou de 0,27% para baixa de 4,24%).

Em baixa ficou o indicador referente ao grupo Vestuário, que passou de 0,53% para queda de 0,31%, com destaque para roupas (de alta 0,35% para queda de 0,70%) e calçados (0,85% para 0,35%) que já refletem as promoções típicas desta época do ano.

Já os grupos Alimentação (1,02% para 1,26%), Educação, Leitura e Recreação (0,41% para 0,59%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,26% para 0,34%), Transportes (-0,37% para -0,26%) e Despesas Diversas (0,34% para 0,59%) subiram, com destaque para carnes bovinas (0,52% para 3,92%), cursos não-formais (queda de 0,09% para alta de 0,88%), medicamentos em geral (queda de 0,20% para alta de 0,11%), álcool combustível (que manteve-se em queda, de 5,35%, mas mostrou ligeiro avanço em relação à queda de junho, que foi de 7,07%) e cigarros (0,80% para 1,71%).

O núcleo do IPC teve alta de 0,26%, em julho, menor que o 0,34% de junho. Dos 87 itens componentes do IPC, foram excluídos 40 para o cálculo do núcleo. Destes, 18 registraram variações acima de 0,86% (limite superior) e 22 apresentaram taxas abaixo de -0,17% (limite inferior).

O INCC registrou em julho taxa de variação de 0,31%, abaixo do resultado de junho, de 0,92%. Dos três grupos componentes do índice, somente Mão-de-Obra teve desaceleração, indo de 1,57% para 0,20%, como conseqüência dos impactos decrescentes dos reajustes salariais nas cidades de Brasília, Goiânia e São Paulo. Ao mesmo tempo, começaram a ser captadas elevações nas cidades de Curitiba e Porto Alegre. O índice relativo a Materiais teve alta de 0,30% (contra 0,28% em junho).

O grupo Serviços também teve aceleração, indo de 0,68% em junho para 0,97% no mês passado.





Fonte: AE

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