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Meio Ambiente
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 18:20

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Kashiwazaki - A usina nuclear japonesa de Kashiwazaki-Kariwa, afetada por um forte terremoto no início desta semana, foi desligada por tempo indeterminado a partir de hoje, em meio a revelações de que os danos foram maiores do que inicialmente anunciados. O prefeito de Kashiwazaki ordenou o fechamento da usina até que a segurança de seu funcionamento possa ser atestada depois do aparecimento de uma série de problemas. A usina de Kashiwazaki-Kariwa é a maior do mundo em termos de geração de energia nuclear. "Eu estou muito preocupado. A segurança da usina precisa ser reforçada antes que ela seja reaberta," disse Hiroshi Aida, prefeito de Kashiwazaki, cidade com 93,500 habitantes.

Por sua vez, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pressiona o governo japonês a que realize uma investigação profunda e transparente dos acidentes para determinar se há lições que possam ser implementadas em usinas nucleares de outras partes do mundo. Enquanto isso, novos dados referentes ao tremor de 6,8 graus na escala Richter sugerem que poderia existir uma falha geológica ativa bem abaixo da região onde situa-se a imensa usina nuclear.

Tsunehisa Katsumata, presidente da Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela usina, visitou hoje a estrutura e disse que o lugar "está uma bagunça". A Tepco revisou o nível de radiação dos 1,200 litros de água que vazaram para o mar e admitiu que ele era 50% superior ao informado inicialmente. No entanto, continuou afirmando que o vazamento está dentro dos índices de segurança e não representa ameaça ao meio ambiente.

A Tepco também informou que 400 recipientes contendo lixo radioativo tombaram durante o terremoto de ontem falou-se em 100 recipientes. O impacto arrancou as tampas de pelo menos 40 dos tonéis, espalhando seu conteúdo no chão. Mas o porta-voz da empresa disse que nenhuma radiação foi detectada fora da instalação. Ainda hoje, as equipes de resgate retiraram o corpo de um homem de 76 anos dos escombros de um templo na região de Niigata, elevando para dez o número de mortos no terremoto. O tremor também deixou mais de 900 feridos.

Mais tarde, a usina foi aberta ao líder do Partido Comunista do Japão, Kazuo Shii, e aos jornalistas que o acompanhavam. Foi possível notar diversos danos no complexo, inclusive rachaduras imensas no asfalto e nas calçadas e barreiras de concreto destruídas. A Toyota, maior fabricante de automóveis do Japão, informou hoje que suspenderá sua produção em doze fábricas no Japão amanhã e na sexta-feira. A suspensão será temporária e ocorrerá porque um grande fornecedor de autopeças foi seriamente afetado pelo terremoto, informou hoje a empresa.





Fonte: AE-AP

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