Deputados colombianos podem ter sido mortos por caçadores de recompensas

Os 11 deputados colombianos seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) podem ter morrido em meio a um tiroteio entre seus seqüestradores e caçadores de recompensas, afirma hoje o jornal "El Nuevo Herald", de Miami.

A publicação, através de seus correspondentes em Bogotá, atribuiu a versão a "fontes militares e analistas ligados ao Ministério da Defesa da Colômbia".

As Farc, maior e mais antigo grupo guerrilheiro da América Latina, anunciou na semana passada que 11 dos 12 legisladores que eram mantidos como reféns desde 2002 tinham morrido em 18 de junho, quando um grupo não identificado atacou o acampamento em que eram onde estavam prisioneiros.

O Governo do presidente Álvaro Uribe negou a versão e sustenta que os guerrilheiros assassinaram aos deputados.

"No entanto, segundo os informantes, o Governo considera agora várias hipóteses, incluindo uma segundo a qual um grupo de caçadores de recompensas atacou o acampamento das Farc e os reféns morreram no fogo cruzado", diz o jornal.

Segundo o "Nuevo Herald", o Governo da Colômbia ofereceu US$ 2,5 milhões de recompensa pela captura de cada um dos oito principais líderes das Farc.

O jornal de Miami afirma que, de acordo com os informantes, "as altas recompensas oferecidas pelo Governo colombiano atraíram caçadores de recompensas de Estados Unidos, Israel e Europa".

"Não são apenas as forças militares que procuram os terroristas das Farc", disse um dos informantes que, segundo o jornal, pediu para não ser identificado "porque não está autorizado a falar".

"O convite para a busca dos chefes das Farc é feito pelo Ministério da Defesa através de um baralho distribuído entre os interessados", acrescenta a reportagem.

Cada uma das cartas mostra a imagem de um guerrilheiro e a recompensa por sua captura, além de instruções para se "entrar em contato com as autoridades" e "obter mais informações".

Segundo o "Nuevo Herald", o vice-ministro da Defesa colombiano, Sergio Jaramillo, disse na noite de sábado que o Governo tem "certeza absoluta" de que os 11 legisladores foram mortos pelas Farc.