Chinaglia defende direito de defesa de Renan e Roriz; DEM quer afastamento
"As notícias boas e ruins não podem significar sentença definitiva. Quando tem figuras, agora do Senado, questionadas, claro que não é boa notícia. Mas a estrutura democrática permite que todos tenham direito de defesa e que a investigação seja feita de forma isenta", defendeu.
Apesar da onda de denúncias sobre o Senado, que atingem o próprio presidente da Casa Legislativa, Chinaglia disse que o Congresso Nacional não está "sangrando".
Líderes da oposição na Câmara e no Senado cobraram hoje pressa nas investigações sobre Renan diante da paralisia dos trabalhos no Congresso. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, teme que a demora no desfecho do processo contra Renan impeça a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até o início de julho. Sem votar a LDO, o Congresso Nacional é impedido de dar início ao recesso parlamentar do meio do ano.
"A oposição tem mil razões para obstruir a votação da LDO, mesmo se não tivesse crise não seria votada hoje. Agora, com crise, não é conveniente para ninguém", disse.
O líder teme o acirramento das discussões entre governo e oposição nas sessões do Congresso se o processo contra Renan não tiver sido finalizado até a votação da LDO.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), cobrou o afastamento de Renan da presidência do Senado. "Acho que o melhor caminho é que o senador priorize nos próximos 15 dias sua defesa e se afaste. Mas é uma decisão pessoal dele", afirmou Maia.
Assim como Virgílio, Maia teme o acirramento das discussões durante a votação da LDO. "Se for convocada uma sessão do Congresso, o clima será o pior possível. Um constrangimento!", resumiu Maia.
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