Sabatina de Pagot é adiada e senador Tuma promete investigar ex-secretário
A informação é da assessoria de imprensa do presidente da CI (Comissão de Infra-Estrutura do Senado), Marconi Perillo (PSDB-GO). Dois motivos adiaram a sabatina: a contestação do PSDB, que é contra a indicação de Pagot e ainda devido às denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PSDB-AL), indícios que têm mobilizado os parlamentares que integram a CI.
A assessoria de Perillo confirmou ainda que o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), prometeu investigar um suposto ato ilegal de Luiz Pagot. Na audiência de ontem, o senador Mário Couto (PSDB-PA) disse em discurso que o ex-secretário de Educação teria omitido informações de que era assessor parlamentar do senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) e, ao mesmo tempo, diretor de uma empresa fixada no Amazonas, a Hermasa Navegação. Isso, para Couto, seria ilegal. A dupla jornada de Pagot teria ocorrido entre os anos de 1995 e 2002.
Essa denúncia fez com que Romeu Tuma anunciasse a investigação. Já o senador João Ribeiro (PR-TO), mesmo partido de Pagot, também em discurso, discordou do parlamentar paraense.
Ele disse que o ex-secretário não cometera nenhum erro e que já teria mostrado ao Senado sua declaração de imposto e que no documento indica os ganhos que teve como assessor parlamentar e diretor da Hermasa. “Ele [Pagot] não omitiu em momento algum as duas fontes de renda”, disse o parlamentar no fim de seu discurso.
Luiz Pagot deixou a secretaria de Educação, hoje ocupada pelo deputado estadual petista Ságuas Moraes, por acreditar que sua nomeação sairia logo.
Ele sustenta que o retardamento da sabatina tenha como motivo principal uma manobra do PSDB, que seria contrário a sua nomeação.
Para Pagot assumir o Dnit, órgão cuja receita deste ano deve girar em torno de R$ 6 bilhões, ele precisa ser sabatinado pelos senadores. Depois disso, seria certa a sua aceitação, já que ele tem a preferência do presidente Lula.
Outro fato que deve adiar ainda mais o prazo da sabatina são as denúncias que envolvem o presidente do Senado, Renan Calheiros. Nesta quarta-feira pela manhã, por exemplo, lideres de partidos que integram a Comissão de Ética do Senado, entre eles Marconi Perillo, discutiam em reuniões separadas o que deveriam decidir acerca do relatório que vai pedir ou não punição a Calheiros..
O presidente do Senado é investigado por conta de notas fiscais que mostram seus ganhos. Tais papéis podem ter sido fraudados.
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