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Internacional
Segunda - 18 de Junho de 2007 às 07:02

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O Exército americano pediu desculpas hoje pela morte de sete crianças em um bombardeio contra uma escola na província afegã de Paktika, alegando que elas foram obrigadas pelos combatentes talibãs a permanecer dentro do prédio.

O Comando americano, citando testemunhos, alegou em nota que os insurgentes, supostamente ligados à Al Qaeda, empurraram e bateram nas crianças que pretendiam sair da escola, obrigando-as a ficar no lugar.

"As forças da Coalizão achavam que não havia crianças dentro ou em volta do local, e ordenaram o bombardeio pensando que o alvo estava no interior", acrescentou o texto.

Um porta-voz do Exército, Chris Belcher+ lamentou a perda de "vidas inocentes" e se desculpou pelos fatos dizendo que não havia "informação de que houvesse crianças no prédio".

O bombardeio aconteceu no domingo à noite no distrito de Zarghun Shah, na província de Paktika, sobre um prédio que abrigava uma mesquita e uma "madraçal" (escola islâmica). Sete crianças morreram, disse comunicado emitido previamente pelo Comando americano no Afeganistão.

As forças americanas receberam a permissão para efetuar o bombardeio após receber relatórios "confiáveis" de que o local servia para dar cobertura a "militantes da Al Qaeda".

Nos últimos tempos, as mortes de civis em ataques efetuados pelas tropas da coalizão foram multiplicadas. Os fatos foram qualificados de "inaceitáveis" pelo presidente afegão, Hamid Karzai.

No final de abril morreram, vítimas de um bombardeio, 51 civis na província de Herat (oeste). Em 8 de maio, outros 21 civis foram mortos em operação na província de Helmand (sul).

As operações criaram um forte mal-estar para as forças internacionais que culminou numa resolução aprovada pelo Senado afegão, exigindo o fim de todas as operações que não respondam a um ataque prévio ou não tenham sido consultadas previamente com o Exército ou a Polícia do país.





Fonte: EFE

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