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Economia
Quarta - 13 de Junho de 2007 às 19:24

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Será instalada em Cuiabá, até o final deste ano, a maior usina de biocombustível de Mato Grosso. A nova usina, com potencial para transformar gordura animal e óleos vegetais em biodiesel, terá capacidade para gerar 120 milhões de litros do produto por ano. A notícia foi dada pelo deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), durante a sessão ordinária desta terça-feira (12).

Otaviano é presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembléia Legislativa (CICT/AL) e intermediou a assinatura do convênio entre a Cooperativa de Biocombustível de Mato Grosso (Cooperbio) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas/SP, na segunda-feira, dia 11.

"Esse convênio é um marco para Mato Grosso, o que me faz acreditar no início da grande mudança de matriz energética no estado", disse ele. O convênio no valor de R$ 30 milhões é resultado de uma pesquisa feita pela Cooperbio para

a instalação de uma usina que atendesse às necessidades dos associados, todos eles produtores rurais do estado.

De acordo com Otaviano, a usina emprega alto grau de tecnologia, que nem empresas internacionais possuem. "Podemos destacar três aspectos relevantes dessa tecnologia totalmente nacional: o catalisador trabalha com álcool simples (etanol) diferente da maioria, que trabalha com o petróleo; é capaz de separar da gordura animal ou do óleo vegetal o biodiesel e a glicerina; e não necessita da lavagem do óleo, o que é ambientalmente benéfico", ressalta Otaviano.

Segundo o presidente da Cooperbio, João Luiz Pessa, a usina não tem fins lucrativos. "A razão principal desse convênio é conseguir a baixa nos custos de nossas lavouras". Pessa destaca que o combustível representa 8% do custo total de uma produção, isto levando em conta somente os gastos da porteira para dentro. Com a usina, os produtores associados esperam reduzir esse custo pela metade, ou seja, para 4%.

O presidente da Cooperbio destaca outro importante benefício que a usina trará para o estado: o consumo interno de mais de 540 toneladas de soja. Isso porque, num primeiro momento, a fábrica vai trabalhar apenas com o óleo da soja produzida em Mato Grosso. "O dinheiro vai ficar no Estado", disse Pessa, acrescentando que o farelo da soja será usado no confinamento.

PROJETO DE LEI

Com capacidade para aproveitar como matérias-primas girassol, caroço de algodão, mamona, palma, sebo de boi, entre outros, observa Otaviano Pivetta, a usina traz novas perspectivas para impulsionar a economia mato-grossense, principalmente a agricultura familiar. Outro filão seria o reaproveitamento

do óleo queimado (óleo de fritura).

Em vista disso, o parlamentar já estuda um projeto para regulamentar o uso desse produto na produção do biocombustível. "O óleo de fritura pode ser coletado em restaurantes e residências, por exemplo. Com a reutilização, vamos evitar danos ao meio ambiente". Otaviano disse que o projeto deverá ser apresentado em aproximadamente oito dias.





Fonte: 24 Horas News

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