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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 13 de Junho de 2007 às 16:49

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O mercado farmacêutico mundial deve movimentar US$ 1,3 trilhão até 2020, mais que dobrando o valor movimentado hoje, devido à crescente demanda mundial por medicamente e tratamentos preventivos, e países emergentes como Brasil, China, Índia, México e Rússia devem responder por um quinto das vendas nesse setor, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers.

Segundo a pesquisa, no entanto, o atual modelo de negócios da indústria farmacêutica é economicamente insustentável e operacionalmente incapaz de desenvolver rápido o bastante os tratamentos que se tornarão cada vez mais necessários nos países emergentes.

"As empresas farmacêuticas encaram uma escassez de novos compostos, desempenho financeiro fraco, alta nas vendas e nos gastos com marketing, restrições e desafios legais e regulatórios cada vez maiores", diz a pesquisa.

O diretor da pesquisa e consultor da PricewaterhouseCoopers para o setor farmacêutico, Steve Arlington, disse que a indústria farmacêutica "não estará em uma posição sólida para aproveitar as oportunidades a menos que a produtividade no setor de pesquisa e desenvolvimento melhore".

"O principal desafio para a indústria é a falta de inovação. A indústria está investindo duas vezes mais em pesquisa e desenvolvimento que há uma década para produzir dois quintos dos novos medicamentos que então produzia. Esse é simplesmente um modelo insustentável de negócios", afirmou.

Nos próximos anos, a indústria farmacêutica terá de se concentrar em resultados para poder desenvolver novos produtos, para decidir sobre preços e partilhar riscos. "Empresas bem sucedidas irão provar que seus produtos realmente funcionam e agregam valor", diz a pesquisa.

A pesquisa diz ainda que o acompanhamento dos pacientes para garantir que irão seguir as prescrições médicas pode gerar mais de US$ 30 bilhões por ano em novas vendas, além de proporcionar mais segurança ao paciente.

A prevenção de doenças também deverá se tornar o foco das empresas, diz a pesquisa. O documento diz que os países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) usam 3% de seus gastos com saúde em prevenção, mas a OMS (Organização Mundial de Saúde) lembra que até 80% das doenças cardíacas, diabetes e 40% dos casos de câncer podem ser tratados se diagnosticados em tempo.

"Ao reconhecer a eficácia da prevenção de doenças em meio a populações saudáveis, ao invés de tratar populações doentes, a indústria farmacêutica irá entrar no domínio da gestão da saúde, com programas de bem-estar, monitoração, vacinações e outros serviços com valor agregado", diz a pesquisa.

A cooperação internacional pode vir a produzir um sistema regulatório mundial em 2020, diz o texto. Esse sistema seria administrado por agências nacionais para garantir que os novos tratamentos atendam as necessidades dos pacientes em seus respectivos territórios. "Tal sistema ajudaria a reduzir os custos crescentes da fiscalização e poupar tempo ao mercado."





Fonte: Folha Online

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