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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 12 de Junho de 2007 às 06:05

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O último boletim da Secretaria de Segurança Pública com dados sobre a 11º Parada do Orgulho GLBT de São Paulo divulgado hoje traz 52 boletins de ocorrência. Do total, 45 foram de furtos, dois casos de receptação com duas prisões em flagrante, cinco roubos e dois termos circunstanciados, um por resistência e outro por uso de drogas.

Os dados consolidados ainda não foram veiculados, pois uma delegacia envolvida ainda apura as ocorrências relacionadas.

Em relação aos números divulgados, André Guimarães, um dos organizadores da Parada Gay, disse não estar preocupado com as ocorrências em si.

Para ele, o evento não tem mais como crescer e melhoras na segurança não devem se concentrar em aumento do efetivo policial ou de vigilantes privados, mas sim em uma alteração de estratégia.

Guimarães citou como exemplo o Carnaval de Salvador. Ele disse que os policiais não devem fazer um corredor lateral à parada, mas circular entre os participantes para coibir furtos, assaltos e demais ocorrências. O organizador também disse que câmeras deveriam monitorar o trajeto, mas não citou o possível financiamento do aparato.

Neste ano, até um assessor do PT e jornalistas tiveram seus pertences levados durante o trajeto da Parada Gay.

Para o evento, quatro delegacias foram mobilizadas e funcionaram em esquema de plantão, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Cada distrito contou com 25 policiais. Os números de ocorrências divulgados se referem ao registros destes distritos somados aos que foram efetuados via internet.

Além deles, 14 homens da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) trabalharam no evento. O efetivo do contingente policial no percurso do evento era de 800 homens. Eles ainda tiveram o apoio de dez viaturas do Grupo de Operações Especiais (GOE) e mais dez do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra).

A Polícia Militar foi contatada pela reportagem para comentar a questão de estratégia empregada no evento, mas não houve resposta. A assessoria da PM preveniu que uma réplica deveria ser emitida somente na terça-feira (12).

Embriaguez

Participantes reclamaram de garrafas jogadas, da "popularização" do evento e de um clima de insegurança, presente sobretudo ao anoitecer na av. Paulista, quando apenas retardatários estavam no local.

As pessoas embriagadas ainda no meio tarde eram numerosas, de acordo com relatos de participantes. Para Guimarães, no entanto, é muito difícil coibir a venda de álcool no evento.

Ele sugere que as bebidas com maior teor alcoólico, como variações adocicadas de cachaça, e vinho muito barato sejam substituídas por cerveja, mais cara proporcionalmente e de teor álcoolico não tão elevado. No entanto, Guimarães não deu detalhes de como seria possível controlar esta venda. Este comércio é realizado, principalmente, por camelôs durante o evento.




Fonte: Folha Online

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