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Corte dos juros reflete melhora dos fundamentos, diz economista do ABN
O economista do ABN Amro Asset Management, Hugo Penteado, avalia que o corte da taxa Selic para 12% ao ano refletiu a melhora da economia brasileira dos últimos tempos, com maior abertura econômica e maior nível de investimentos.
O Copom poderia argumentar que a economia mostrou sinais de aquecimento nos últimos meses, que poderiam comprometer as metas de inflação no ano que vem-- o período que o comitê realmente visa atingir com a decisão de hoje.
Para Penteado, no entanto, as conseqüências da desvalorização cambial --o aumento das importações e a diminuição do ritmo de exportações-- contribuíram para aliviar a política dos juros.
Concorrência dos importados
Em primeiro lugar, a concorrência dos produtos importados breca uma possível inflação pelo aumento do consumo. "Ao não pressionar excessivamente a oferta doméstica, o crescimento forte da demanda que temos observado não tem gerado pressões inflacionárias", afirma o economista.
Ao mesmo tempo, caiu o ritmo de incremento das exportações, que puxaram o crescimento do país entre 2001 e 2003. "Isso diminuiu a pressão do setor exportador sobre o nível de utilização da capacidade produtiva instalada", lembra o economista.
O economista avalia que esse "alívio" tira pressão da capacidade produtiva. Sem o mercado externo, as empresas podem dedicar a estrutura já instalada para "para atender de forma não-inflacionária" o aumento da procura por produtos domésticos.
Em paralelo, Penteado afirma que o setor produtivo deve continuar a investir na ampliação da capacidade de produção, por conta de um horizonte mais positivo da economia nos próximos anos.
"A apreciação cambial e a redução do risco país também contribuíram para melhorar o panorama dos investimentos que continuam em forte expansão e favoráveis, indicando ampliações da capacidade produtiva futura", afirma.
O Copom poderia argumentar que a economia mostrou sinais de aquecimento nos últimos meses, que poderiam comprometer as metas de inflação no ano que vem-- o período que o comitê realmente visa atingir com a decisão de hoje.
Para Penteado, no entanto, as conseqüências da desvalorização cambial --o aumento das importações e a diminuição do ritmo de exportações-- contribuíram para aliviar a política dos juros.
Concorrência dos importados
Em primeiro lugar, a concorrência dos produtos importados breca uma possível inflação pelo aumento do consumo. "Ao não pressionar excessivamente a oferta doméstica, o crescimento forte da demanda que temos observado não tem gerado pressões inflacionárias", afirma o economista.
Ao mesmo tempo, caiu o ritmo de incremento das exportações, que puxaram o crescimento do país entre 2001 e 2003. "Isso diminuiu a pressão do setor exportador sobre o nível de utilização da capacidade produtiva instalada", lembra o economista.
O economista avalia que esse "alívio" tira pressão da capacidade produtiva. Sem o mercado externo, as empresas podem dedicar a estrutura já instalada para "para atender de forma não-inflacionária" o aumento da procura por produtos domésticos.
Em paralelo, Penteado afirma que o setor produtivo deve continuar a investir na ampliação da capacidade de produção, por conta de um horizonte mais positivo da economia nos próximos anos.
"A apreciação cambial e a redução do risco país também contribuíram para melhorar o panorama dos investimentos que continuam em forte expansão e favoráveis, indicando ampliações da capacidade produtiva futura", afirma.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/223148/visualizar/
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