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Nacional
Quarta - 06 de Junho de 2007 às 11:40

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A Assessoria em Organização de Concursos Públicos (AOCP) – empresa responsável pela execução e planejamento do concurso do Ministério da Agricultura (Mapa) – nega todas as acusações feitas por candidatos em relação às provas aplicadas no último domingo (3). Os testes para o cargo de agente de inspeção sanitária foram marcados por problemas ocorridos em diversos locais de provas do país.

O principal dos problemas ocorreu no Centro de Estudo Supletivo da Asa Sul (Cesas), em Brasília, onde alguns inscritos não puderam fazer os exames pelo fato de seus nomes não estarem nas listas fixadas nas salas de provas. Mesmo estando com os comprovantes de inscrição em mãos, acabaram por não prestar o concurso.

Por meio de ofício, a AOCP enviou esclarecimentos em que destaca que os “cerca de 30 candidatos compareceram equivocadamente ao referido local de prova, pelo fato de não terem observado o edital nº 10/2007”. Tal documento, publicado em 23 de maio, informa mudanças em locais de prova. Entretanto, o edital não informa o nome dos candidatos que tiveram os locais de prova alterados, mas apenas um número correspondente ao intervalo de inscrição dos mesmos. Os inscritos alegam que não receberam correspondências com a informação das mudanças nos endereços informados no ato de inscrição.

A servidora pública do DF e candidata ao cargo de agente de inspeção Vilma Fernandes de Souza, 43 anos, também foi prejudicada pelas mudanças promovidas pela AOCP. Ela conta que foi até a Faculdade Unip, em Brasília, e não encontrou seu nome na lista da sala onde deveria fazer o teste. Segunda Vilma, cerca de 30 outros inscritos tiveram o mesmo problema na Unip.

A servidora alega ter conferido o seu local de prova no site da AOCP, antes de sair de casa para fazer o concurso. Segundo ela garante, o local seria a Unip. “Não fiz a prova. Me sinto humilhada. Me preparei, comprei apostilas e, ainda, perdi o meu domingo”, reclama. “Espero justiça. Esse concurso tem de ser anulado”, completa.

Nesta quarta-feira (6), membros da diretoria de Recursos Humanos do Mapa devem se reunir com representantes da AOCP. Por enquanto, porém, a possibilidade de anulação do concurso não é cogitada pelo ministério. Outros problemas, principalmente, referentes à permissão de saída das provas com o gabarito das mesmas ocorreram em diversos pontos do país, como relatam candidatos que participaram do certame, na seção Desabafo do CorreioWeb. Em diversos locais, uma parte dos inscritos levou gabarito, outros anotaram as respostas nos próprios braços e muitos não puderam sequer levar seus gabaritos para ingressarem com possíveis recursos contra a prova.

O Mapa oferece 354 vagas de agente de inspeção sanitária, cargo que exige nível médio. A AOCP registrou cerca de 652 mil inscritos para o concurso, cujo salário inicial de R$ 3.228,27. A AOCP não respondeu à reportagem quanto às acusações de irregularidades na saída das provas, no que diz respeito à permissão de deixar o local com ou sem as respostas.





Fonte: Correio Web

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