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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 12:57

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A empresa Pantanal Energia, que opera a termelétrica Governador Mário Covas em Cuiabá, terá que se contentar com o fornecimento de 1,5 milhão de m3 por dia de gás boliviano para a usina, embora o volume acertado com a Bolívia em 2002 fosse de 2,2 milhões diariamente.

A informação é do chefe do escritório do governo de Mato Grosso em Brasília, Jefferson de Castro Júnior, que acompanha a negociação com o governo boliviano e que disse nesta sexta-feira que está praticamente tudo acertado com a Bolívia sobre o volume de gás a ser fornecido. O contrato, porém, deve ser assinado só na próxima semana.

A Bolívia alega não ter capacidade de produção suficiente para elevar o fornecimento a 2,2 milhões de m3. Funcionando a gás, a usina é responsável por 70% da energia produzida em Mato Grosso.

O acordo original, assinado em 2002, era válido até 2019, mas foi revisto por determinação do presidente da Bolívia, Evo Morales. A negociação ocorre em Santa Cruz de La Sierra com a YPFB, estatal da Bolívia do setor petrolífero.

O negócio não envolve a Petrobras, mas o governo boliviano diz que a saída de Silas Rondeau -com quem haviam sido iniciadas as negociações- do cargo de ministro de Minas e Energia atrapalhou o acordo.

A última reunião se estendeu pela noite de quinta-feira e acabou na madrugada de ontem.

Procurada pela Folha, a YPFB não deu detalhes sobre a negociação, mas disse que o acordo será assinado na segunda ou terça-feira.

O contrato para fornecimento de 1,5 milhão, segundo Castro, será provisório, pois a usina precisa de 2,2 milhões para suprir o Estado de energia. Ainda conforme Castro, a usina está recebendo atualmente 1,1 milhão para a produção de energia elétrica.

Diesel

A direção da empresa Pantanal Energia, controlada pela britânica Ashmore não telefonou de volta, apesar dos pedidos de entrevista ontem e na quinta-feira. Na falta de gás, a usina, que tem potência de 480 MW, usa diesel, o que eleva o custo de produção.

Em fevereiro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, da Bolívia, chegaram a acordo pelo qual o preço do gás de Cuiabá subirá de US$ 1,19 por milhão de BTU (medida de energia) para US$ 4,20.

A YPFB confirmou ontem que o preço está mantido mesmo com a redução no volume fornecido por dia. O governo boliviano diz que o aumento representará uma receita anual de US$ 44,8 milhões.





Fonte: Folha Online

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