Presidente nacional do PPS diz que Maggi ''entrega administração'' a ''assessores''
Maggi decidiu trocar de sigla nas últimas eleições quando sofreu ameaça de expulsão do PPS por optar pelo projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não pelo apoio ao então presidenciável tucano Geraldo Alckmin. “Esse ato mais pareceu como se fosse fruto de barganha, interesses financeiros”, repetiu Freire, em referência ao anúncio de liberação de verbas do governo federal para o estadual no ano passado. Maggi se elegeu e se reelegeu pelo PPS.
Apesar da crítica, Roberto Freire ponderou que o PPS está orientado a atuar como “independente” e não como oposição na Assembléia Legislativa, onde restou o deputado Percival Muniz. “Embora Maggi tenha desrespeitado e tentado acabar com o partido, não poderíamos ser oposição. Não vamos atuar com revanche pela forma como ele tratou o partido”, reclamou Freire. “Venho dizendo que o governador está meio sem rumo, parece estar entediado com o cargo”, acrescentou Muniz, presidente do PPS em Mato Grosso.
O PPS aguarda o Supremo Tribunal Federal julgar o pedido de liminar para solicitar de volta os mandatos dos parlamentares eleitos que acompanharam o governador Blairo Maggi no PR. Em março, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu que o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito.
A medida estabelece a chamada fidelidade partidária para os cargos obtidos nas eleições proporcionais (deputados estaduais, federais e vereadores) e tem por objetivo impedir a troca de partidos políticos. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), rejeitou o pedido de devolução dos mandatos para que os partidos pudessem empossar os suplentes. Freire deixou claro que o partido não vai aceitar o retorno dos “infiéis”. "Dificilmente o Supremo muda uma interpretação", insistiu Freire. Segundo ele, o PPS está "liberado" para formar as alianças visando as eleições de 2008.
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