Cuiabá começa a pagar mais por gás da Bolívia a partir de hoje
Villegas disse que o preço que será cobrado de Cuiabá passará do US$ 1,09 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica) para US$ 4,20 por milhão de BTU. "O preço tem que ser implementado a partir do dia 15 de maio. É um acordo com o ministro [de Minas e Energia] Silas Rondeau", declarou o ministro.
Na noite de segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que "o valor está desatualizado" e, por ser injusto, será corrigido. A Pantanal Energia, termelétrica localizada em Cuiabá, é controlada pela Shell.
O novo preço será aplicado sobre um volume de 1,5 milhão de metros cúbicos por dia do carburante e é similar à tarifa vigente para a exportação dos 27 milhões de metros cúbicos diários enviados para São Paulo.
No entanto, no caso do mercado paulista, embora o preço nominal também seja de US$ 4,20 por milhão de BTU, a Bolívia começará a cobrar neste mês uma taxa adicional pelo valor dos componentes líquidos do gás exportado.
Villegas disse que o convênio para esta nova cobrança entrou em vigor no dia 2 de maio, quando se protocolizaram os novos contratos petrolíferos assinados pela Petrobras e outras 11 multinacionais.
Os dois acordos, sobre o aumento do preço para Cuiabá e o valor adicional que o Brasil pagará pelo gás consumido em São Paulo, foram obtidos durante as reuniões realizadas pelos governos dos dois países em fevereiro passado em Brasília, das quais participara, os presidentes Evo Morales, da Bolívia, e Luiz Inácio Lula da Silva.
Pelo negócio de exportação para Cuiabá, a Bolívia prevê obter US$ 44 milhões anuais adicionais e, pelo segundo, um mínimo de cerca de US$ 100 milhões a mais a cada ano.
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