<b>Sadia obtém R$ 462,5 mi para projeto em Lucas do R. Verde</b>

A Sadia conseguiu o que pretendia para consolidar a construção de um complexo agroindustiral em Lucas do Rio Verde (a 285 km ao Médio-Norte de Cuiabá): um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 462,5 milhões. A participação do banco representa 67% do investimento global no projeto, de R$ 692,7 milhões.

Com essa operação, a Sadia acumula financiamentos aprovados de R$ 1,4 bilhão, desde 2005. Ela tem entre seus acionistas o ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan, que exerceu também o cargo de presidente do conselho de administração do BNDES. Luiz Furlan é primo de Alexandre Furlan, secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do governo Blairo Maggi.

Em 2005, o ex-ministro Furlan e seus familiares se afastaram do bloco de controle da Sadia para permitir um financiamento de R$ 974 milhões do BNDES. Até hoje, o montante figura como o maior empréstimo já concedido pelo banco a uma empresa do setor de alimentos.

A opção da Sadia por Lucas foi motivada por alguns fatores, mas dois deles preponderantes: incentivo do governo do Estado e a forte articulação do ex-prefeito por dois mandatos, ex-secretário de Desenvolvimento Rural e atual deputado estadual Otaviano Pivetta. Ele se empenhou como nunca para convencer a empresa a escolher o município.

O complexo que está sendo erguido em Lucas contará com um frigorífico para abate diário de 500 mil aves e outro para abate diário de 5 mil cabeças de suínos. De acordo com o banco, serão criados 6 mil empregos diretos.