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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 09 de Maio de 2007 às 17:10

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O dólar fechou nesta quarta-feira abaixo de R$ 2,02 pela primeira vez em mais de seis anos, apesar da atuação do Banco Central nos últimos minutos da sessão. A moeda norte-americana recuou 0,20%, para R$ 2,019, menor cotação desde 20 de fevereiro de 2001.

"O fluxo obviamente é positivo e o BC foi leve na sua intervenção hoje. Não fez intervenção com swap reverso, só fez no mercado de câmbio à vista", citou Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, no Rio de Janeiro.

Repetindo a estratégia da véspera, o BC esperou até o último momento para realizar um leilão de compra de dólares. A autoridade monetária definiu taxa de corte em R$ 2,0215 e, segundo operadores, aceitou pelo menos 5 propostas. Na terça-feira, o BC comprou cerca de US$ 1,35 bilhão perto do fechamento.

Desta vez, o BC deixou de fazer leilão de swap cambial reverso. A autoridade monetária já vendeu o equivalente a cerca de US$ 7 bilhões em contratos desde 20 de abril, quando passou a realizar esse tipo de operação sem avisar o mercado com um dia de antecedência.

Em Londres, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que o custo das compras de dólares é minimizado pela redução do risco-país.

"Não há dúvida de que há um custo para carregar as reservas ou para carregar posições compradas em moeda forte. Mas isso basicamente gera uma contrapartida, que é a menor percepção de risco para o país", afirmou Meirelles.

Na primeira metade da sessão, o dólar operou praticamente estável, acompanhando os mercado estrangeiros, que aguardavam com certa cautela a decisão do Federal reserve sobre o juro dos Estados Unidos.

O Fed manteve a taxa em 5,25% ao ano pela sétima reunião seguida e reafirmou que a inflação é sua principal preocupação.

A decisão, porém, teve pouca influência sobre o mercado de câmbio brasileiro, segundo Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa. "Já estava praticamente certo isso, o pessoal não aguardava surpresa maior", disse.





Fonte: Reuters

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