Preço do álcool deve cair em Cuiabá

Após a alta que fez com que o preço do litro de álcool hidratado alcançasse o patamar de R$ 2,45 em 2006, e logo depois despencar para R$ 1,43 em março deste ano, o preço voltou a subir no mês passado para R$ 1,89 e agora revela nova tendência de baixa: R$ 1,47.

A dança dos números tem uma explicação: fim do período da entressafra do álcool e a retomada da produção com o início da colheita.

Em Cuiabá, os preços ainda não estão dentro de um mesmo patamar, com diferenças que chegam a R$ 0,34 de um posto para outro. Enquanto alguns postos ainda ostentam preço de bomba de até R$ 1,81 (Avenida Miguel Sutil), outros comercializam o combustível por R$ 1,71 (postos do centro) e por até R$ 1,47 (Avenida Rubens de Mendonça e na Avenida XV de Novembro).

O presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), Piero Perini, atribuiu a variação dos preços às “regras de mercado”. Ele garantiu que o abastecimento nas usinas já está normalizado e a partir de agora a tendência é de que haja um “enxugamento de preços”.

“Ainda não estamos com a situação normalizada em termos de abastecimento, daí a diferença de preços”, explicou Carlos Avelino Dias, gerente de um posto do centro.

Ele acredita que os preços ainda podem sofrer variações “para cima ou para baixo, mas é mais provável que reduzam por conta do início da safra de álcool e o conseqüente aumento dos estoques”.

Em Mato Grosso, a colheita começou na segunda quinzena de abril. Com a chegada da safra e a perspectiva de queda nos preços para os usineiros, os postos revendedores de combustíveis de Mato Grosso apostam em uma redução também nos preços para o consumidor.

A previsão é de que os preços comecem a cair entre 3% e 10% a partir deste mês. A trajetória de queda dos preços deve ser mantida até a conclusão da colheita de cana-de-açúcar, prevista para o final de maio.