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Politica Brasil
Terça - 01 de Maio de 2007 às 13:11
Por: Juliana Scardua

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O PPS em Mato Grosso recuou na entrada de pedido de cassação contra seis deputados estaduais e agora aguarda o aval da Executiva Nacional da legenda. O assunto será pauta máxima na visita ao Estado pelo presidente da sigla, Roberto Freire, cuja chegada está marcada para o próximo dia 20. A cautela se dá ante a possibilidade de retorno de lideranças à sigla, “amarradas” pelo temor da perda do mandato após o parecer emitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que condena a infidelidade partidária.

O presidente do diretório regional, Percival Muniz, afirma que nenhuma decisão isolada será adotada até a data. O ingresso de pedido dos mandatos dos deputados Sérgio Ricardo, Roberto França, Wagner Ramos, Sebastião Resende, Mauro Savi e do atual secretário-chefe da Casa Civil, João Malheiros, era programado para a próxima segunda-feira (7), junto à Assembléia Legislativa e Justiça Eleitoral. A mesma estratégia contra 140 vereadores no Estado que se elegeram pela sigla e logo após migraram para outros partidos políticos.

Roberto Freire participa de ato de filiações em Rondonópolis no dia 21. Antes disso, ele deverá acertar a investida ou não contra os deputados infiéis em reunião com Percival Muniz, ainda no dia 20, em audiência em Cuiabá. “Queremos unificar a posição regional e nacional do partido, justamente para não cometer erros ou ser surpreendido depois. Não quero agir como se Mato Grosso fosse uma ilha e eu um ditador”, declara Percival.

O dirigente afirma que nenhuma conversa em tom oficial foi mantida com os parlamentares citados, mas não esconde que a aproximação se dá de forma mais sólida com o colega Sérgio Ricardo. “Ele é o que vem demonstrando mais interesse em recompor a convivência com o PPS. Mas até o dia 20, se esses deputados de fato quiserem, estamos prontos para discutir o assunto”.

O alerta vermelho no PPS soou com a debandada de várias lideranças políticas em paralelo à saída do governador Blairo Maggi da legenda. O “êxodo em massa” acabou resultando no surgimento de um novo partido no Estado, o PR. Maggi é ainda presidente de honra nacional da nova sigla, posto que embute o prestígio político crescente de Maggi e o projeto de candidatura de seu nome para a Presidência da República em 2010.

TSE – Parecer emitido pelo TSE no mês passado aponta o entendimento de que o mandato pertence aos partidos e não aos eleitos. O posicionamento veio em resposta à consulta feita pelo Democratas (ex-PFL) em março, partido que também foi marcado pela evasão de filiados ao PR.





Fonte: Diário de Cuiabá

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