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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 27 de Abril de 2007 às 19:56

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A nova cultivar foi desenvolvida a partir de material coletado na década de 80 na região de Welega, na Etiópia. É indicada para Amazônia Legal (norte de Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Acre e Sul do Pará) e estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste.

O capim BRS Piatã é apropriado para solos de média fertilidade e foi classificado como intermediário quanto à tolerância relativa ao alagamento do solo, quando comparado ao capim Marandu . Nesta comparação, destaca-se também pela elevada taxa de crescimento e disponibilidade de folhas sob pastejo, além de apresentar rebrota mais rápida com taxas de acúmulo de folhas nos períodos de água e seca de 53,6 e 8,3 kg/ha/dia e 47,8 e 6,70 kg/ha/dia, respectivamente.

A nova cultivar possui elevada produção de forragem e em parcela sob corte produziu em média 9,5 t/ha de matéria seca com 57% de folhas, sendo 30% dessa produção obtida no período seco.

O BRS Piatã mostrou resistência às cigarrinhas-das-pastagens por apresentar baixos níveis de sobrevivência de ninfas e período ninfal longo em condições controladas, além de baixos níveis de infestação e danos moderados a campo.

Em climas com estação chuvosa no verão, o plantio deverá ser realizado de meados de outubro até fevereiro, sendo a época ideal o período de 15 de novembro a 15 de janeiro. O preparo do solo é o mesmo utilizado para a formação de outras pastagens, com recomendação de plantio de 2,5 kg/ha de sementes puras viáveis, podendo a semeadura ser a lanço ou em linha, com profundidade de 2 a 5 cm e incorporação por grade leve.

Comparando-se as cultivares Marandu e BRS Piatã, os ganhos de peso foram semelhantes. No entanto a BRS Piatã produziu, durante três anos, 45 kg/ha/ano de peso vivo a mais que a cultivar Marandu.

Estudos apontam o capim BRS Piatã como uma opção para a diversificação das pastagens, apresentando vantagens sobre as cultivares Marandu e Xaraés, entre elas a produção de forragem de melhor qualidade, maior acúmulo de folhas, melhor tolerância a solos com má drenagem que o Marandu e maior resistência à cigarrinha-das-pastagens que o Xaraés.

O projeto de desenvolvimento desta nova cultivar é liderado pela pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Cacilda Borges do Valle, vencedora do Prêmio Frederico de Menezes Veiga e tem a participação de cinco unidades da Embrapa: Gado de Corte (Campo Grande, MS), Cerrados (Planaltina, DF), Amazônia Oriental (Belém, PA), Transferência de Tecnologia (Brasília, DF) e Gado de Leite (Juiz de Fora, MG).





Fonte: 24HorasNews

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