Juro bancário cai 7,2 pontos em 12 meses, para 38,5% ao ano
A taxa média do crédito para pessoa física caiu de 50,8% ao ano em fevereiro para 49,9% ao ano no mês passado, enquanto o juro médio dos empréstimos para as empresas caiu de 26% ao ano para 25,4% ao ano. Os dados são do Banco Central.
O spread bancário (diferença de taxas entre a captação dos recursos pelos bancos e a concessão do empréstimo ao cliente) das operações caiu de 27,2% para 26,5% em março. Em 12 meses, a redução acumulada no spread médio foi de apenas 3,5 pontos porcentuais. O maior corte nos spreads ocorreu nos empréstimos para pessoa física, 5,8 pontos porcentuais em 12 meses, atingindo em março 38%. No segmento pessoa jurídica, a redução no spread em 12 meses foi de somente 1,1 ponto porcentual, chegando em março a 13,4% ao ano.
Inadimplência
A inadimplência do crédito bancário teve ligeira queda de 0,1 ponto porcentual em março, ante fevereiro, ficando em 4,9% do total de operações. Em 12 meses, no entanto, a inadimplência subiu 0,3 ponto porcentual.
A falta de pagamento nas operações com pessoa física ficou em 7,1% em março, ante 7,3% no mês anterior e em março de 2006. Já no lado das empresas, houve aumento na inadimplência de 0,6 pontos porcentuais em 12 meses, mas estabilidade nos 2,8% de não pagamentos verificados em março na comparação com fevereiro.
Volume de crédito
O volume de crédito no sistema financeiro cresceu 1,3% em março, em comparação com fevereiro, de acordo com dados do Banco Central. O saldo global das operações ficou em R$ 757,116 bilhões no mês passado. Desse volume, R$ 237,212 foram de recursos direcionados (como crédito rural e habitacional), que ficaram estáveis ante fevereiro, e a outra parte, R$ 519,903 bilhões, de recursos livres (em que os bancos têm liberdade para emprestar), que subiram 1,9%.
No primeiro trimestre, o volume de crédito subiu 3,3%, em relação à posição de dezembro do ano passado. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a variação no estoque de empréstimos do sistema financeiro foi positiva em 21%.
Crédito x PIB
O Departamento Econômico (Depec) do Banco Central revisou a série histórica da participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB). A revisão foi motivada pela própria mudança na metodologia do cálculo do PIB usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelos dados revistos, a participação do crédito no PIB ao final do ano passado caiu de 34,3% para 30,8%. Para fevereiro último, o crédito em relação ao PIB foi reduzido de 34,6% para 31,1%. Em março passado, a participação do crédito no PIB estava em 31,3%.
Base monetária
A base monetária (papel-moeda emitido mais reservas bancárias) teve em março uma contração de 2,6% na média dos saldos diários. Com a variação, o saldo da base monetária caiu dos R$ 111,951 bilhões de fevereiro para R$ 109,023 bilhões. Apesar da queda, a base monetária ainda acumula uma expansão de 20,5% no período de 12 meses até março.
O resultado de março deixou o saldo da base dentro da faixa de variação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este agregado monetário no primeiro trimestre do ano entre R$ 86,9 bilhões e R$ 117,5 bilhões.
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