PPS aguarda decisão do diretório nacional para tentar reaver mandatos
De acordo com o presidente regional, deputado Percival Muniz, a sigla não perdeu muitos filiados como parecia no primeiro momento. “Houve uma febre nas últimas semanas, mas a temperatura baixou”, disse se referindo ao fato de que não foram grandes as perdas para a legenda.
Apesar do certo otimismo, o PPS perdeu lideranças expressivas. O deputado federal, Homero Pereira e mais 4 estaduais, Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Sebastião Rezende e João Malheiros, além, do governador Blairo Maggi. Todos para o PR.
A decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de entender que o mandato é do partido e não dos eleitos foi o principal foco das discussões. Percival está tratando a questão com cautela. Informou que na próxima terça-feira, a direção nacional do PPS vai se reunir para definir quais medidas serão adotadas. “Vamos aguardar esta reunião. Não queremos ficar na euforia nem dormir no ponto. Se houver possibilidade de reaver os mandatos vamos fazer em defesa do partido”, alegou.
Ele também não quis se manifestar sobre a hipótese de um perdão aqueles que deixaram à sigla. A expectativa é também em saber qual será a posição do STF sobre o assunto. A se confirmar à decisão do TSE ocorrerá uma avalanche de ações no judiciário.
Namoro
No encontro, o PPS recebeu a visita do deputado federal e presidente regional do PMDB, Carlos Bezerra. Ele também engrossou o discurso em favor da medida do TSE. E deixou claro o interesse de seu partido em se aproximar do PPS nas eleições municipais do ano que vem e em 2010. “Apesar de estarmos na base do governo Maggi isso não vai impedir a nossa autonomia nas eleições municipais”. Percival afirmou que o PPS dá apoio a Maggi, mas com independência.
Uma dobradinha entre as duas siglas já vem sendo trabalhada, principalmente, em Rondonópolis, base eleitoral de Bezerra, Percival e do governador. A costura poderá levar PMDB e PPS a se confrontar com o PR na cidade. O mesmo poderá acontecer em Várzea Grande.
Nestes dois municípios o PPS perdeu os prefeitos, Murilo Domingos (Várzea Grande) e Adilton Sachetti (Rondonópolis) para o PR. Percival, no entanto, não deixou de alfinetar: “Eles fizeram um bem ao deixar o partido”, se referindo a baixa avaliação administrativa de ambos.
Números
Ainda no encontro, os representantes dos municípios fizeram um balanço das perdas em razão da saída do grupo de Maggi. Em Cuiabá, de acordo com dados do diretório municipal, de 9,4 mil filiados apenas 140 saíram da sigla. Em Várzea Grande, 31 de 2 311 e em Rondonópolis, 70 no montante de cerca de 1000 militantes.
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