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Economia
Sábado - 31 de Março de 2007 às 09:41

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A uma semana da Páscoa, comerciantes apostam no incremento nas vendas de chocolates. Mas ao comprar os chocolates, poucos consumidores sabem o quanto pagam de impostos. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), 39,2% do preço do ovo são tributos. A carga tributária de um bombom é semelhante, 38,81%. Também tradicional nesta época, a Colomba Pascal tem entre 36% e 39% de seu valor de impostos, dependendo do recheio.

“Os ovos são de chocolate, ingrediente que não é considerado de primeira necessidade pelo governo e, por isso, têm tributação maior de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria), ambos regulados por seletividade”, explica João Eloi Olenike, diretor técnico do IBPT.

No almoço de domingo de Páscoa a mesa também estará cheia de impostos. O vinho tem uma carga elevada por ser bebida alcoólica e, do seu valor, 54,74% são impostos. O bacalhau, sempre presente nas festas dessa época do ano ano, tem 35% do valor pago destinado aos tributos. As embalagens dos presentes e ovos também têm carga alta de tributos. Do laço de fita, por exemplo, 35,2% são tributos e, do papel celofane, 35,68%. O coelhinho de pelúcia é outro presente da época cujo preço é composto em 31,12% por impostos.

De acordo com o IBPT, o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. Do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, de todas as riquezas produzidas pelo país, 38% são impostos. No México, a carga representa 17% do PIB e nos Estados Unidos, 24%. Olenike não critica a cobrança de impostos, mas sim a aplicação dos recursos arrecadados por parte do governo. O IBPT defende uma maior transparência na cobrança. Para eles, o ideal é a população saber o que paga para poder exigir seus direitos. “Hoje no Brasil o consumidor não sabe o que está pagando”, diz.

Movimento

A procura pelos ovos de Páscoa deve ficar maior a partir de agora. Edson de Castro, presidente interino do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), acredita que com o pagamento dos salários de março esta semana e a proximidade da data, o movimento nas lojas deve aumentar. A previsão, segundo ele, é vender 1,7 milhão de ovos no Distrito Federal, 6% a mais que no ano passado. “A indústria melhorou bastante e trouxe várias mudanças este ano. Além disso, o empresário investiu muito em divulgação dos produtos”, afirma.

De acordo com Castro, a Páscoa é uma data importante porque funciona como termômetro para o comércio. Como os primeiros três meses do ano costumam ter vendas mais fracas, essa é a primeira data do ano que gera um movimento nas lojas, supermercados e atacadistas. Passada a distribuição dos ovos, o comércio começa a se preparar para o Dia das Mães, que este ano será no dia 12 de maio.





Fonte: Correio Web

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