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Internacional
Quinta - 29 de Março de 2007 às 09:07

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Um suíço foi condenado a 10 anos de prisão na Tailândia por grafitar sobre imagens do casal real, em uma rara sentença para um estrangeiro condenado sob as duras leis de crime de lesa-majestade do país.

Oliver Rudolf Jufer, de 57 anos, recebeu 20 anos de prisão por cinco atos de lesa-majestade, mas o juiz reduziu a pena, levando em conta a declaração de culpa de Jufer. Ele poderia ter sido condenado a 75 anos.

Jufer, que há muitos anos vive na Tailândia, foi preso na cidade de Chiang Mai, norte do país, depois do aparecimento de tinta preta grafitada sobre diversos retratos do rei Bhumibol Adulyadej, 79, que muitos tailandeses consideram semidivino, e da rainha Sirikit.

A polícia disse que Jufer estava bêbado quando riscou os retratos, no dia 5 de dezembro, feriado nacional pelo aniversário do rei.

"A corte sentencia por difamar o rei, o que é o crime mais sério", disse o juiz Pitsanu Tanbuakli.

Jufer, vestindo uniforme laranja da prisão, com correntes nas mãos e nos tornozelos, não disse nada aos jornalistas. Ele tem 30 dias para apelar.

A embaixada suíça em Bangcoc informou que respeita as cortes tailandesas e lembrou que "a aplicação do código penal tailandês em casos de crime de lesa-majestade é rigorosa".

Este tipo de crime resulta em penas de 3 a 15 anos de prisão na Tailândia, um dos poucos países do mundo que processa rigorosamente qualquer coisa considerada desrespeito à família real.

Outros estrangeiros já foram pegos nesta lei, mas as condenações à prisão são raras. Um empresário francês foi preso em 1994 por insultar a monarquia durante um vôo da Thai Airways a partir de Londres, onde estavam dois membros da família real. Ele foi absolvido depois.





Fonte: G1

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