<b>Falta de leitos mata três bebês em Alagoas</b>
O Hospital Universitário da capital alagoana já tem um aviso de falta de vagas colado na recepção. A unidade é mantida pelo governo federal e sofre com a alta demanda. Mesmo assim, está recebendo pacientes.
A UTI neonatal está superlotada, com 11 recém-nascidos, e não há equipamentos suficientes. Só na segunda-feira (26), segundo a direção da maternidade, três bebês prematuros morreram nesse departamento. Eles precisavam de leitos com respiradores, mas todos estavam ocupados. As crianças não suportaram a espera. "Faleceram três recém-nascidos. Estamos em uma situação limite. Nós não temos respirador para dar suporte às crianças que precisarem de ventilação mecânica", afirma o chefe da pediatria do hospital, Cláudio Soriano.
A outra maternidade de Maceió que atende gravidez de alto risco também está superlotada. O atendimento foi suspenso na segunda-feira, até que a situação se normalize. A unidade tem capacidade para 60 pacientes e está com 30 a mais. Na UTI neonatal, 18 bebês dividem espaço projetado para 11 recém-nascidos.
Na terça-feira, o marido de uma gestante, que já havia passado por outros hospitais, entrou em desespero e invadiu a entrada dessa unidade. A mulher foi atendida.
O Ministério Público Estadual entrou com uma ação, em agosto do ano passado, pedindo a compra de novos equipamentos para a unidade. Até agora, nada foi resolvido. "O governo estadual precisa estruturar o espaço físico e contratar profissionais. E normalmente cabe ao Ministério da Saúde, através de projetos, financiar a compra de equipamentos", diz a diretora médica da maternidade, Sirlene Patriota.
Comentários