Indústria de transformação e serviços puxam empregos formais em fevereiro

Brasília - O Cadastro Geral de Empregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, registrou a criação de 253.487 postos de trabalho com carteira assinada no primeiro bimestre deste ano, contra 263.248 gerados em janeiro e fevereiro de 2006. No mês passado, foram criados 148.019 empregos, 28.613 a menos que no mesmo período de 2006, quando foram gerados 176.632.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os números não representam uma redução no nível de emprego do país. “Não houve queda, houve uma quantidade de empregos gerados em fevereiro inferior ao ano passado”, explicou. O ministro disse que os dados não preocupam e ressaltou que ainda é cedo para apontar uma tendência sobre a geração de empregos formais no país em 2007. “Creio que nós podemos fazer uma previsão para o ano a partir dos números de abril”.

No primeiro bimestre deste ano, todos os setores apresentaram desempenho positivo, de acordo com o Caged, com destaque para serviços, com 110.143 postos; indústria de transformação (69.910), agricultura (39.212) e construção civil (17.230). No entanto, em alguns deles, o ritmo de expansão foi inferior ao verificado no ano passado, como no caso da construção civil.

No acumulado de 2007, a construção civil foi responsável pela geração de 17.230 postos, contra 36.237 empregos criados no primeiro bimestre de 2006. Em fevereiro deste ano, foram criados no setor 5.522 empregos com carteira assinada, enquanto no mesmo período do ano passado o saldo foi de 14.993.

Segundo o ministro, como 2006 foi ano de eleições, muitas obras públicas foram realizadas nos primeiros meses do ano, para não coincidir com o período eleitoral. Para atender a essa demanda, o setor contratou mais trabalhadores no primeiro bimestre de 2006, explicou Marinho. Ele também lembrou que algumas atividades que geralmente são realizadas em outras épocas do ano, como feiras de negócios, no ano passado foram concentradas em fevereiro, o que contribuiu para elevar o número de empregos com carteira assinada no país naquele período.

Luiz Marinho disse que a expectativa é que o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) impulsione a criação de postos de trabalho formais na construção civil este ano. “Com as obras do PAC, haverá muitos recursos, muitos investimentos nas obras de infra-estrutura e a construção civil certamente será um setor bastante beneficiado nesse processo na geração de empregos”.

De acordo com o Caged, nos últimos 12 meses foram gerados 1.218.925 empregos com carteira assinada no país.