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Politica Brasil
Quarta - 21 de Março de 2007 às 09:22

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O governador de Mato Grosso Blairo Maggi, conhecido como o maior sojicultor individual do mundo, não aceita a indicação do deputado estadual Reinhold Stephanes (PMDB-PR) para assumir o Ministério da Agricultura. Em uma de suas fazendas, no Araguaia, onde está passando férias com a família, ele disse ser “complicada” a indicação do paranaense ressaltando que Stephanes não demonstra ter o conhecimento técnico necessário ao cargo. Apesar disso, adiantou que não fará veto.

Contatado por celular, o governador não se privou de comentar as notícias de que Reinhold Stephanes era o preferido do PMDB para o Ministério da Agricultura e deu sua opinião sobre a situação que considera fundamental para o desenvolvimento do país: "Eu não conheço o Stephanes pessoalmente. Nas áreas em que eu atuo, por onde eu ando, nunca vi ele presente, nada. Não sei qual é o conhecimento que ele tem da área. Acho que nenhum", disse Maggi, que foi o principal interlocutor de Lula com o agronegócio nas eleições do ano passado.

O governador foi ainda mais incisivo ao afirmar que o titular da pasta deve ter um perfil mais técnico do que político, com uma trajetória atrelada ao setor. "Acho complicado. É preciso entender que é difícil administrar a Agricultura para quem conhece a fundo o setor, imagina não conhecendo. Tende a não atender os anseios do agronegócio", disse ele, afirmando não ter sido procurado pelo governo para opinar sobre a indicação.

Ao ser indagado sobre quem gostaria de ver no Ministério, Blairo Maggi foi bem político afirmando que não tem um nome preferido. Ele, contudo, foi enfático ao revelar que quem assumir o Ministério "tem que saber da responsabilidade que tem na mão". "Não é simplesmente fazer política. Tem muita coisa nesse ministério que é técnica, técnica mesmo, que a gente se preocupa demais."

Ele citou o controle da febre aftosa e da gripe aviária como exemplos de questões importantes, que podem "levar o Brasil à bancarrota de um dia para o outro se o controle da doença não for bem conduzido".

"Depois que sair a nomeação, vou tentar conversar com o novo ministro, não importa se for ele (Stephanes) ou outro para entender qual o conhecimento que ele tem sobre o agronegócio."

Em relação à desistência de Balbinotti, com quem criou a Fundação Mato Grosso, principal instituto de pesquisa agropecuária do Estado, Maggi disse que não havia mais "clima político" para sua nomeação e que se, soubesse da acusação sobre os laranjas, ele mesmo o teria aconselhado "a não se envolver, não ir para frente".





Fonte: 24HorasNews

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