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Nacional
Quarta - 21 de Março de 2007 às 07:03

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que seu governo transformou os usineiros de cana-de-açúcar em heróis mundiais. Para ele, a mudança é resultado da política de biocombustíveis e do incentivo à produção de carros de motor flex (álcool ou gasolina). "Os usineiros de cana, que dez anos atrás eram tidos como bandidos do agronegócio, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool", afirmou Lula, em Mineiros, a 420 quilômetros de Goiânia.

Adversário histórico da esquerda e dos movimentos sociais, o setor de álcool já foi acusado - até por Lula - de não cumprir acordos e não pagar dívidas com bancos oficiais. Também é alvo de grupos de direitos humanos, que defendem melhores condições de trabalho nos canaviais.

Lula destacou que 85% dos carros vendidos em 2006 no País têm motor flex. "Temos uma política séria, porque quando a gente quer ganhar o mercado externo, é preciso garantir o atendimento ao suprimento." Segundo ele, antes o País não atendia à demanda de álcool, o que resultou na falta de confiança no setor.

O presidente esteve em Mineiros para inaugurar um complexo de R$ 510 milhões da Perdigão. Embora o objetivo da empresa seja exportar 80% da produção, Lula fez um discurso defendendo a importação de produtos de países como Rússia e Venezuela. "Reivindicamos tanto que a Rússia compre nossa carne, mas não compramos nada da Rússia. É preciso que haja um equilíbrio no comércio internacional."

Lula fez balanço positivo da economia e destacou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Não tem na história do Brasil nenhum programa lançado com a seriedade que foi o PAC. O PAC tem cara, nariz, cabeça, tronco e membro, tem data de começar e de acabar, e é apenas o começo de uma política que só pode acontecer porque fizemos o resto certo."

Bronca

Em Anápolis, Lula deu uma bronca num grupo de estudantes da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que protestava contra o governador Alcides Rodrigues (PP), durante solenidade de inauguração das obras do contorno rodoviário da cidade. "Se a gente transformar uma obra em um ato partidário, as pessoas não vão mais comparecer às inaugurações porque não querem passar constrangimento", disse Lula aos estudantes, logo na abertura de seu discurso. "É importante que a gente faça distinção entre as campanhas políticas e as inaugurações, que são atos institucionais." As informações são de O Estado de S. Paulo.





Fonte: AE

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