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Economia
Domingo - 18 de Março de 2007 às 07:48
Por: Débora Siqueira

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O consumidor mato-grossense continua pagando o preço mais caro do Brasil pelo Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. O valor médio do produto nos primeiros três meses de 2007 é de R$ 40,39, o que representa uma alta de 3,67% sobre igual período do ano passado. O Estado ocupa a primeira colocação no ranking das unidades da federação desde janeiro de 2006, quando o botijão de 13 quilos custava R$ 38,91, de acordo com o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

Em 2006, os valores cobrados pelas revendas aumentaram duas vezes. A primeira em agosto, em 6%, e a segunda em 4%, em dezembro. Apesar das duas elevações, em Mato Grosso houve aumento de 5,6% nas vendas do botijão, cerca de 400 mil unidades comercializadas no Estado, segundo dados do Sindicato dos Revendedores de Gás de Mato Grosso (Siregás).

Mesmo sem anúncio oficial de aumento nos preços do comércio do botijão de 13 quilos, a média do valor na revenda oscilou 0,72% de janeiro de 2007 até a primeira quinzena de março, subindo de R$ 40,27 para R$ 40,56, em oito municípios mato-grossenses pesquisados pela ANP.

Se em janeiro os consumidores conseguiam pagar pelo botijão o preço mínimo de R$ 35, em março o menor preço é de R$ 37. São R$ 2 a mais que o praticado há menos de dois meses. Por outro lado, o valor máximo do GLP recuou também em R$ 2, caindo de R$ 45 para R$ 43. Uma família que sobrevive com R$ 350, gasta 10,57% a 12,28% do salário mínimo com a compra do botijão.

De janeiro a março do ano passado ocorreram altas nos preços, sem que a ANP autorizasse qualquer aumento. O valor médio ficou 1,56% mais caro no prazo de dois meses, saltando de R$ 38,71 em janeiro de 2006 para R$ 39,32 em março do mesmo ano.

O presidente do Siregás, Humberto Botura, explica que o aumento pode ocorrer, já que o preço é liberado, sem a interferência do governo federal. "Geralmente nós avisamos quando há uma elevação significativa, já que apenas repassamos os preços cobrados pelas engarrafadoras".

No bolso - A comerciante Vera Lúcia Ferreira é dona de uma pastelaria em Várzea Grande e adquire em média três botijões por mês. Ela paga R$ 43 por unidade, gastando R$ 129 no total. Na residência, Vera compra um botijão por mês, mais R$ 43.

Para a comerciante, o preço justo ao trabalhador não poderia ultrapassar R$ 30, o mesmo que consumidores de 13 Estados brasileiros pagam pelo produto, como em São Paulo e Pernambuco em que o gás de cozinha é vendido por até R$ 26. "Não é só o gás que é muito caro em Mato Grosso, é a gasolina, a energia. Eu ainda tenho condições financeiras para arcar com essas despesas, mas imagino como ficam as famílias mais humildes".

Humberto Botura defende que os preços no Estado são os mais altos do país em razão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do frete. Segundo ele, como Mato Grosso é o ponto final na entrega das distribuidoras, o valor é mais alto que os demais Estados. "A região Norte é abastecida pelo Amazonas, por isso o produto chega mais barato aos consumidores do Acre e Rondônia".

Pauta - A Secretaria de Fazenda (Sefaz) informa, via assessoria de imprensa, que o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) está congelado desde março do ano passado em R$ 3,066 o quilo, ou seja, R$ 39,85 o botijão de 13 kg. O preço tributado é 1,34% menor que o valor médio praticado no Estado de janeiro a março deste ano.

Rondonópolis é a campeã nos preços praticados em março pela revenda do gás de cozinha, com média de R$ 41,50 Em seguida vem Alta Floresta, com R$ 41,33, e Cáceres, com R$ 37,5 . Em Mato Grosso, a ANP pesquisou em março 634 pontos de revendas.





Fonte: Gazeta Digital

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