Geddel trabalhará por transposição do São Francisco
"Não existe política de ministro. Existe política de governo. E eu serei fiel a ela enquanto estiver aqui", disse Geddel durante seu discurso.
O ministro disse ainda que seus correligionários baianos não deixarão de ter solidariedade ao povo do semi-árido que precisa da transposição.
Geddel salientou, porém, que o projeto precisa ser melhor divulgado e explicado para a população que não sofrerá diretamente com as mudanças propostas. Ele garantiu que isso não retardará o início das obras de transposição. O novo ministro elogiou a recriação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e disse que lutará para que elas tenham recursos para implementar os projetos de desenvolvimento regional.
Geddel disse que enganam-se as pessoas que acreditam que divergências no campo político não possam se transformar numa convergência. "Olhando para a frente, quero contribuir para o Brasil. As dificuldades não me intimidam". "Trabalharemos pelos pobres", disse. "Vou conduzir o ministério sem medo de ousar".
Articulador do governo Fernando Henrique Cardoso e amigo do ex-presidente, Geddel foi adversário da adesão do PMDB a Lula, no primeiro mandato. Em almoço de Lula com o PMDB, em 2003, teria feito um discurso crítico à aproximação do partido com o presidente. Geddel apoiou a candidatura tucana de José Serra contra Lula, em 2002, mas questões da política baiana o aproximaram da ala peemedebista que apóia Lula. Geddel chegou ao primeiro escalão do governo, indicado pela ala do PMDB da Câmara, que aderiu a Lula neste segundo mandato presidencial.
O administrador de empresas e pecuarista Geddel, 48 anos, é natural de Salvador (BA). Deputado federal pelo PMDB cumpria o quinto mandado consecutivo. Para assumir a nova função, teve de se licenciar da Câmara. Geddel começou a carreira política em 1979, como assessor parlamentar.
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