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Meio Ambiente
Quarta - 21 de Fevereiro de 2007 às 12:26

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CHICAGO - Jogar videogame aparentemente ajuda os cirurgiões no que realmente interessa: melhorar sua precisão em operações delicadas, segundo um estudo divulgado na segunda-feira.

Há uma forte correlação entre o talento no jogo eletrônico e a perícia em realizar uma laparoscopia, segundo estudo publicado na edição de fevereiro da revista Archives of Surgery.

A laparoscopia e outras técnicas cirúrgicas correlatas envolvem a manipulação de instrumentos através de uma pequena incisão corporal, na qual os movimentos do médico são acompanhados em uma tela de TV.

Médicos com mais habilidade no videogame obtinham também melhor pontuação num exame de habilidades médicas realizado durante um dia e meio. A correlação era muito mais estreita do que em relação à duração do treinamento ou da experiência prévia do médico na cirurgia laparoscópica, segundo o estudo.

Dos 33 cirurgiões do Centro Médico Beth Israel, de Nova York, que participaram do estudo, os nove que já haviam em algum momento de suas vidas jogado pelo menos três horas semanais de videogame cometeram 37% a menos de erros, operaram 27% mais rápido e obtiveram uma pontuação 42% superior à dos 15 cirurgiões sem prática em videogames.

"Foi surpreendente que a prática pregressa do videogame fosse um indicador tão forte das capacidades cirúrgicas avançadas", disse o professor de psicologia Douglas Gentile, da Universidade de Iowa, um dos autores.

As conclusões estão de acordo com pesquisas anteriores, segundo a qual os jogos eletrônicos podem aperfeiçoar "as capacidades motoras finas, a coordenação olho-mão, a atenção visual, a percepção de profundidade e a competência computacional", disse o estudo.

"Os videogames podem ser uma ferramenta prática de ensino para o treinamento de cirurgiões", disse o principal responsável pelo estudo, James Rosser, do Beth Israel.

Mas que nenhum adolescente tente usar esse estudo para convencer os pais a passar infindáveis horas à frente do console. Numa pesquisa feita em 2004 por Gentile, ele descobriu que 94% dos adolescentes dos EUA passavam uma média de nove horas semanais jogando videogame, o que estava associado a agressividade, mau desempenho escolar e sedentarismo.

"Os pais não devem considerar este estudo benéfico se a criança está jogando videogames por mais de uma hora por dia", disse Gentile. "Passar tanto tempo jogando videogames não vai ajudar nas chances da criança de entrar na faculdade de medicina."




Fonte: Reuters

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