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Nacional
Sexta - 16 de Fevereiro de 2007 às 16:43

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O cerrado ainda possui 61% de áreas remanescentes. Essa é a conclusão de pesquisa dirigida pela Embrapa Cerrados, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os números foram apresentados na sede da Embrapa Cerrado, em Planaltina (DF).

Segundo a Embrapa, as imagens analisadas são de 2002 e abrangem os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Maranhão e Piauí.

Para o chefe-geral da Embrapa Cerrado, Roberto Teixeira, o resultado ultrapassou as expectativas. "Mas não é por isso que a gente pode passar a pensar que podemos eliminar um pouco mais", comentou. "A idéia é manter esses 61% e fazer com que se consiga produzir mais alimento nas áreas já utilizadas."

Pelos limites oficiais, o cerrado representa 207 milhões de hectares. Calcula-se que cerca de 78 milhões de hectares são áreas utilizadas na agricultura e em pastagens cultivadas.

Um levantamento feito pela organização Conservação Internacional, também com base em imagens de 2002, apontava 46% de remanescentes. O coordenador da pesquisa da Embrapa, Edson Sano, diz que os dados não se contradizem.

"O nosso número, com base nos critérios do Ministério do Meio Ambiente, contabiliza pastos com vegetação nativa como área remanescente, e o deles não", comenta o pesquisador. "Esses pastos correspondem a cerca de 18% do território do cerrado."

Segundo Sano, os dados da Embrapa são mais confiáveis, porque trabalham com uma resolução de imagem bem mais alta, e assim permitem identificar locais com potencial para aumento da produção ou proteção da biodiversidade. Foram analisadas 117 cenas do satélite Landsat, que serviram para produzir 172 cartas cartográficas, cada uma com 8 milhões de hectares.

Ele diz que, agora, serão detalhados os tipos de vegetação e a situação de cada área. "Isso deve estar pronto no começo de março", comenta. A pesquisa custou R$ 700 mil, financiados pelo Banco Mundial por meio do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (ProBio).





Fonte: Estadão

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