Quércia diz que PMDB corre risco de nova divisão com duas candidaturas
"Se houver disputa, nós corremos o risco de dividir o partido outra vez. Nós só conseguimos uma unidade com muito esforço", acrescenta, em uma referência ao "racha" no final do ano passado, quando a legenda teve que decidir se faria parte do governo de coalizão.
O PMDB está às voltas com uma disputa por espaço no governo com o PT --a legenda do presidente-- que se posicionou oficialmente ontem por uma série de ministérios. A escolha de Temer indica que, para os peemedebistas paulistas, o atual presidente da legenda teria mais condições de lutar por espaço no governo para o partido.
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com representantes do PMDB para discutir o espaço da legenda no segundo mandato. Segundo Quércia, o fato de Temer ter sido chamado para conversar pelo Planalto fortaleceu sua candidatura.
"Havia a idéia do presidente Lula somente chamar o PMDB para conversar depois das eleições do partido. Nesse caso, estava entendido um apoio do Lula para Jobim. Agora, na medida em que o presidente chamou o Temer, ele fortaleceu a posição dele".
O governador afirma que vai se esforçar para que o PMDB chegue às eleições para o Diretório Nacional com uma candidatura única. Ele evitou comentar qual o nível de divisão dos diretórios regionais do partido em torno das duas candidaturas, mas admitiu que a empreitada "não será fácil". No Senado, duas das principais lideranças do PMDB apóiam a candidatura de Jobim: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente da República José Sarney (AP).
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